Em comunicado, a PRO.VAR, "primeira e única associação nacional dedicada em exclusivo ao setor da restauração", informa que manteve uma reunião durante a tarde de hoje com a secretária de Estado e do Turismo, Rita Marques, durante a qual apresentou o "Programa de Salvação do Setor da Restauração PÓS-reabertura", para o período depois de cessar estado de emergência.
Uma das medidas sugeridas é a redução da "limitação máxima de cada espaço de restauração para metade e, de acordo com o evoluir da situação, aumentar-se gradativamente a lotação".
"Outras das medidas mais importantes a ter em conta, será o alargamento do período do almoço e jantar, ficando os espaços de restauração obrigados à marcação prévia de mesa, de modo a assegurar que não haja aglomerados de clientes, e, por sua vez, que as empresas permitam um horário mais alargado para as refeições dos seus trabalhadores", lê-se na nota.
Sem prejuízo de serem usadas outras medidas de segurança já usadas na indústria, a associação defende "o uso obrigatório de máscaras por parte dos trabalhadores dos restaurantes e a obrigatoriedade por parte dos clientes na leitura de temperatura e desinfeção das mãos, à entrada dos estabelecimentos".
"Prevendo-se a terceira renovação do estado de emergência e tendo em conta a evolução positiva dos números, do comportamento dos portugueses e turistas, a associação apela agora ao Governo que sejam estudadas medidas que permitam o regresso imediato do setor à atividade, com a abertura generalizada dos espaços físicos dos estabelecimentos de restauração", defende a PRO.VAR.
No "Programa de Salvação do Setor da Restauração PÓS-reabertura", a PRO.VAR apresentou ainda ao Governo "uma série de propostas que visam apoiar, de modo muito evidente, as empresas viáveis e responder à grave crise que o setor irá enfrentar nos próximos meses, com forte impacto nos próximos anos".
Neste particular, a associação apresentou três propostas essenciais, uma das quais defende que as medidas de apoio sejam dirigidas a todas as empresas de restauração, cerca de 90.000, representando um volume de negócios agregado de 8.000 milhões de euros e 280.000 empregos.
A segunda proposta é o lançamento dos programas Processo Especial de Revitalização Simplificado -- PERS e o Fundo de RESGATE da Restauração.
A "redução da atual taxa de IVA sobre as comidas de 13% para 6%, aliás algo que a PRO.VAR vem pedindo e seguindo o princípio que a de 6% é a quase totalidade dos ingredientes que compõem as comidas preparadas em restaurantes e com recurso a maior número de empregos", é a terceira proposta apresentada pela associação.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 137 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 450 mil doentes foram considerados curados. Em Portugal, morreram 629 pessoas das 18.841 registadas como infetadas.