Segundo fontes da embaixada e do grupo de portugueses, as máscaras foram entregues na embaixada portuguesa em Pequim e serão enviadas, junto com outras encomendas do Governo português, num voo fretado pelo Estado.
As máscaras foram adquiridas a um produtor do sudeste da China, numa altura de forte competição por acesso a material e já depois de as autoridades chinesas terem imposto requisitos de qualidade mais rigorosos aos exportadores do país, na sequência de produtos defeituosos importados por vários países europeus.
No total, os portugueses arrecadaram 70.600 yuan (mais de 9.000 euros), valor que contou ainda com a contribuição de cidadãos chineses.
As máscaras FPP2 possuem uma eficiência mínima de 94% na filtragem de partículas, o segundo nível mais alto entre as máscaras de proteção respiratória.
A falta de equipamento médico, face ao súbito aumento de pacientes de Covid-19 em cuidados intensivos, levou a situações dramáticas em vários países e resultou em infeções entre funcionários da saúde.
Na terça-feira, o embaixador português em Pequim, José Augusto Duarte, disse à agência Lusa que a compra e fornecimento a Portugal de equipamento essencial no combate à epidemia, incluindo ventiladores, "está a ser garantida", apesar da forte procura mundial.
"Temos conseguido de facto comprar o material que procurávamos e garantir o fornecimento", afirmou.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 176 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 567 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 762 pessoas das 21.379 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.