Segundo fonte desse município do distrito de Aveiro, em causa estão 'packs' individuais constituídos por máscaras, luvas e álcool gel, material que os beneficiários deverão usar durante as respetivas sessões de quimioterapia e noutros contextos clínicos, seja no Instituto Português de Oncologia do Porto ou nos hospitais de Gaia, Aveiro e, sobretudo, no de Santa Maria da Feira - que esta semana transferiu esse acompanhamento oncológico para o centro médico privado Lenitudes, já para garantia de maior segurança nos procedimentos.
A oferta dos referidos 'kits', disse fonte da Câmara de Arouca, visa "minimizar o risco de contágio por covid-19 na ida aos tratamentos", considerando que os doentes com cancro se incluem no grupo de maior risco.
A autarquia admite que o universo local de doentes oncológicos será maior, mas explica: "Nesta fase, os 'kits' serão entregues aos doentes que estejam a participar no programa 'Saúde em Movimento' e que sejam referenciados pela ADOA - Associação de Doentes Oncológicos de Arouca".
O programa "Saúde em Movimento" envolve o transporte de doentes não urgentes que, embora tendo que comparecer a consultas, tratamentos e exames complementares de diagnóstico, se encontram em situação de carência financeira e excluídos de qualquer apoio no âmbito do Sistema Nacional de Saúde, como acontece, por exemplo, com doentes oncológicos e portadores de doenças raras sem meios de mobilidade próprios.
"É garantido o transporte para as unidades de saúde sedeadas na Área Metropolitana do Porto e no distrito de Aveiro. É ainda assegurado o transporte dos acompanhantes dos doentes sempre que a situação o justifique ou no caso de crianças ou jovens menores de idade", revela a autarquia.
Em Arouca, a Câmara contabilizava na quarta-feira à noite dois óbitos e 32 casos de infeção pela covid-19 entre os seus cerca de 22.400 habitantes, assim como 10 doentes já recuperados. Hoje de manhã, a Direção-Geral da Saúde ainda atribuía ao mesmo concelho apenas 30 casos de contaminação.
O novo coronavírus responsável pela presente pandemia de covid-19 foi detetado na China em dezembro de 2019 e já infetou mais 2,6 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais mais de 181.000 morreram. Ainda nesse universo de doentes, mais de 593.500 foram já dados como recuperados.
Em Portugal, onde os primeiros casos confirmados se registaram a 02 de março, o último balanço da DGS indicava 785 óbitos entre 21.982 infeções confirmadas. Entre esses doentes, 1.146 estão internados em hospitais, 1.143 já recuperaram e os restantes convalescem em casa ou noutras instituições.
Desde 19 de março, todo o país está em estado de emergência, o que vigora pelo menos até às 23:59 do próximo dia 02 de maio.