Ministro pede "esforço adicional" no fim de semana alargado do 1º de Maio

Ministro da Administração anunciou que, até esta sexta-feira, foram detidas 58 pessoas por desobediência durante o período de Estado de Emergência que vigora até ao próximo dia 2 de maio. Eduardo Cabrita apelou a um "esforço adicional" no cumprimento das regras para que o país possa retomar, progressividade, a atividade ao longo de maio e para se conseguir assegurar "a rápida retoma das nossas liberdades".

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Melissa Lopes
24/04/2020 18:01 ‧ 24/04/2020 por Melissa Lopes

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"Apelava a que neste fim de semana a que limitemos as deslocações àquelas situações em que são expressamente admitidas", disse Eduardo Cabrita esta sexta-feira em conferência de imprensa, sinalizando que as forças de segurança terão "particular empenho naquilo que é o aconselhamento e fiscalização do cumprimento das regras" do Estado de Emergência. 

E, em articulação com as câmaras municipais, "não deixaremos de encerrar zonas que propiciem uma maior aglomeração de pessoas (zonas perto do mar e de lazer)", afirmou, em linha com o que disseram antes PSP e GNR.

"É um esforço adicional para que possamos a partir de maio iniciar, gradualmente e com segurança, a abertura de vários setores da nossa vida coletiva, quer na economia, quer nos serviços públicos", apelou Eduardo Cabrita

Para isso, continuou o ministro, "foi hoje anunciado pelo primeiro-ministro, será igualmente muito importante percebermos que o fim de semana de 1 a 3 de maio é aqui um tempo de um esforço adicional", com regras de limitação de circulação entre municípios. 

Na reunião de hoje da Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência, disse Eduardo Cabrita, as forças de segurança deram nota que verifica-se um "generalizado cumprimento e adesão dos cidadãos" às regras do Estado de Emergência. Durante este segundo período, "verificámos apenas 58 detenções, 23 das quais por violação do dever de confinamento obrigatório", anunciou o ministro. Durante este período, foram encerrados pelas forças de segurança 142 estabelecimentos que violavam as regras (nomeadamente restauração e similares).  

Estando confirmados 168 casos de Covid-19 no âmbito das forças de segurança, temos a registar o número significativo de 26 curados. 382 polícias ou militares da GNR estão em isolamento profilático, adiantou ainda o ministro. "Isto em nada afeta a operacionalidade das forças de segurança que renovam a sua declaração de plena capacidade de cumprir os objetivos", assegurou. 

Mais de 50% dos trabalhadores de lares testados

Sobre testes à Covid-19 noslares, o ministro fez  um balanço desse programa que ainda decorre. "Foram já realizados testes a mais de 50% dos trabalhadores dos lares", sublinhando que "até ao final da primeira semana de maio", o Governo conta ter testado todos os trabalhadores de lares. "O nível de detecção de casos positivos são certamente motivo de especial acompanhamento, mas estão à volta de 10% dos casos testados", o que "não corresponde ao receio que existia de uma dimensão muito superior".

O ministro destacou que em Portugal, a nível global, realizaram-se até ontem 317 mil testes, enfatizando que a capacidade de testagem "aumentou significativamente". Em abril, frisou Cabrita, "já se fizeram o dobro dos testes" que tinham sido feitos em março. "Dos países com mais de um milhão de habitantes, Portugal é neste momento na Europa o país com mais testes realizados relativamente à sua população", notou o ministro, garantindo que "vamos continuar este esforço". 

O ministro adiantou que foram desenvolvidas "várias ações" de sensibilização de trabalhadores migrantes, quer na área do turismo, quer na área da agricultura, fazendo chegar informação sobre cuidados e precauções que devem ser seguidos.

Adicionalmente, foi decidido, em articulação entre a ministra de Estado e da Presidência, o Ministério do Trabalho e da Segurança Social, e em diálogo com o Centro Português para os Refugiados, "promover a realização de testes relativamente a requerentes de asilo que se encontram a aguardar decisão administrativa ou judicial em alojamentos coletivos, sobretudo na área de Lisboa"

Prosseguindo na conferência de imprensa, o ministro que tutela a Administração Interna disse que foi reportado pelos Negócios Estrangeiros que "até ontem chegaram 25 aviões cheios de material de apoio médico, no sentido amplo" e que "na próxima semana estão programados mais quatro voos, trazendo material adicional". 

Para que "seja possível uma retoma gradual da atividade", Eduardo Cabrita adiantou que foi prestada informação ao Governo sobre a contratação já feita pelas maiores redes de distribuição para retalho de equipamentos para proteção individual e de gel desinfetante (...) e que "a partir de meio da próxima semana permitirá um abastecimento em quantidade significativa quer de máscaras quer de gel desinfectante". 

Eduardo Cabrita defendeu, em resumo, que "são estas as bases sólidas para uma resposta que exige a manutenção deste sentimento coletivo de grande coesão nacional que tem permitido o cumprimento de regras que são penalizadoras das nossas liberdades individuais, sobretudo na véspera de um dia tão importante para nós como o 25 de Abril". 

"A melhor forma de festejarmos o 25 de Abril será amanhã tendo cuidado para assegurar a retoma rápida das nossas plenas liberdades", rematou, sugerindo à população que adira ao apelo feito pela Associação 25 de Abril de, às 15h de amanhã, cantar a Grândola Vila Morena a partir das janelas e varandas de nossas casas. 

Recorde a conferência de imprensa: 

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