O roteiro da região para a saída da pandemia, endereçado na sexta-feira a partidos, associações e demais entidades, e a que a Lusa teve hoje acesso, é o primeiro desses momentos, seguindo-se a "Agenda para o Relançamento Social e Económico da Região Autónoma dos Açores", que definirá "quer o calendário de execução, quer o conjunto das medidas em concreto" a aplicar nas diversas áreas.
O texto do roteiro "Critérios Para Uma Saída Segura da Pandemia covid-19", para o qual o executivo pede aos parceiros contributos até quarta-feira, "pretende estabelecer, como o próprio nome indica, os critérios que nortearão o longo, árduo e demorado caminho para a saída da situação provocada pela pandemia".
"Apesar de nos encontrarmos numa fase em que, à escala mundial, a evolução diária desta pandemia não permite, ainda, um projeção realista e fiável quanto ao seu fim e quanto à real dimensão das suas consequências, o Governo dos Açores entende que é necessário começar a planear e a definir os termos em que poderemos voltar a uma normalidade que, muito dificilmente, será igual à do tempo anterior ao aparecimento desta doença", é referido na introdução do texto.
O executivo socialista liderado por Vasco Cordeiro diz pretender que o texto funcione como "documento orientador de toda a sociedade açoriana quanto à forma e às regras" a seguir no processo de saída da situação atual.
Aos parceiros, o executivo enviou uma lista de medidas aplicadas na região, as suas datas, o enquadramento nacional e comunitário da luta contra a covid-19 e o quadro de referência da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o levantamento das medidas de confinamento tidas no combate à doença, provocada pelo novo coronavírus.
O roteiro foi enviado, entre outros, aos partidos políticos, sindicados, presidentes de câmara, câmaras de comércio, presidentes dos conselhos de ilha, bispo de Angra e diversas federações e associações açorianas.
Até sexta-feira haviam sido detetados nos Açores 138 casos de infeção com o vírus da covid-19, verificando-se 20 recuperados, nove mortes e 109 casos positivos ativos. Destes, 82 em São Miguel, cinco na ilha Terceira, cinco na Graciosa, três em São Jorge, nove no Pico e cinco no Faial.