"Não podemos descurar uma potencial segunda vaga"
O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, e a Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, falaram mais uma vez para o país sobre os desenvolvimentos do combate à pandemia.
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País Covid-19
A conferência de imprensa diária de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus arrancou pouco depois de ter sido divulgado o boletim epidemiológico que dá hoje conta de mais 25 mortes e 163 novos casos nas últimas 24 horas em Portugal, tratando-se da variação percentual mais baixa de sempre no que ao número de infetados diz respeito.
António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde, começou por anunciar que desde o "dia 1 de março já foram realizados 357 mil testes de diagnóstico", sendo que a maior parte ocorreu no presente mês de abril.
Ainda sobre a testagem no país, o governante apontou que o Norte e o Centro foram as regiões onde se realizaram mais testes, a maioria em laboratórios privados.
Sobre os testes realizados às cerca de duas centenas de migrantes em hostels em Lisboa, Lacerda Sales revelou que houve 33 testes negativos, estando-se ainda a aguardar os "restantes resultados". "O princípio era e será sempre o mesmo: quando há condições de manter as pessoas nos locais de origem em isolamento, devem permanecer nesses locais. Só em condições de sobrelotação serão procuradas outras soluções”, acrescentou sobre a situação.
"Não podemos descurar uma potencial segunda vaga"
Sobre o futuro, o secretário de Estado admitiu que não se pode "descurar uma potencial segunda vaga" quando se "recuperar a atividade essencial". Apontando que a população deve ter consciência desta possibilidade, Lacerda Sales garantiu, contudo, que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “está adaptado" e irá se adaptar "em pista dupla” para responder tanto às urgências e consultas como a situações relacionadas com a pandemia e a uma possível segunda vaga.
“O SNS está em permanente adequação aquele que é um processo dinâmico. Temos de responder na base da proporcionalidade. Estamos a fazer programação de consultas, atendimentos, horários, exames, mas há, de fato, uma necessidade de recuperar a atividade assistencial que durante este tempo, e dado o foco na Covid-19, foi ficando para trás. Não podemos descurar uma potencial segunda vaga e o SNS está a adaptar-se, em pista dupla", afirmou.
O governante adiantou ainda que vai continuar a haver um reforço de material e equipamento de proteção individual - máscaras, botas, batas, entre outros materiais - nos hospitais para os profissionais de saúde.
Medidas para alunos e e professores que pertencem a grupos de risco
Confrontada pelos jornalistas com a reabertura das escolas do ensino secundário em maio, Graça Feitas revelou que estão a ser estudadas, em articulação com o Ministério da Educação, medidas específicas para professores e alunos que pertençam a grupos de risco no âmbito do surto da Covid-19.
“Há um conjunto de regras que vão ser aplicadas às escolas e às turmas e depois vão ser estudadas situações específicas", sendo que, uma destas medidas prende-se com a "questão dos docentes e discentes mais vulneráveis”, garantiu a diretora-geral da Saúde.
Trabalhadores de lares irão ser os primeiros a ser submetidos a rastreio a pessoas assintomáticas
Sobre a situação nos lares, Graça Freitas referiu que a grande prioridade, neste momento, é a realização de testes a pessoas - tanto idosos como profissionais e funcionários - que apresentem indícios ou sintomas o mais rápido possível.
A responsável revelou ainda que está a ser elaborado um plano a nível nacional de rastreio a pessoas assintomáticas, em parceria com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e da Segurança Social, que irá arrancar com os "trabalhadores dos lares".
Veja a conferência de imprensa aqui:
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