"Ao longo de mais este período, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) mostrou, uma vez mais, a sua capacidade de robustez e a sua capacidade de adaptabilidade em todas as áreas". Foi esta a frase inicial de Marta Temido, na Assembleia da República, no debate sobre o relatório do segundo Estado de Emergência, decretado em Portugal entre os dias 3 e 17 de abril.
A ministra da Saúde prosseguiu a sua intervenção destacando que, em relação à resposta à Covid-19 "foi possível realizar um conjunto significativo de testes de diagnóstico que não estavam inicialmente previstos".
"A estratégia de testes baseou-se na necessidade clínica, sustentada sempre e apenas nas recomendações técnicas. Passámos de 80 mil testes no mês de março para 144 mil testes realizados no período desta segunda renovação do Estado de Emergência", destacou ainda Marta Temido.
No que diz respeito ao acesso a dados para investigação, "todos os pedidos completos que foram submetidos à Direção-Geral da Saúde - 57 - todos os que tiveram os dados integralmente preenchidos - 21 - foram já respondidos e os demais estão ainda em apreciação".
"Melhorámos a situação e os resultados do país", frisou também a ministra, acrescentando que "no dia 15 de abril, tínhamos 643 casos, 32 óbitos e 1.200 doentes internados". Ontem, "tínhamos 295 casos, 20 óbitos e 936 doentes internados. Isto foi esforço de muitos mas foi, sobretudo, esforço do Serviço Nacional de Saúde, que tratou esta emergência como aquilo que ela é: uma emergência sanitária mas não uma emergência totalitária".
Ao iniciar os trabalhos, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, tinha referido que este segundo Estado de Emergência "correspondeu a um tempo em que alguma maior circulação de pessoas, própria do período da Páscoa" que "teve respostas adequadas e equilibradas".
[Notícia atualizada às 16h07]