Ministra da Saúde considera que SNS descobriu "força adormecida"

A ministra da Saúde considerou hoje que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) descobriu "dentro de si uma força que estava adormecida" e novas formas de trabalhar devido à pandemia da covid-19.

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© Reprodução | Facebook 

Lusa
02/05/2020 23:06 ‧ 02/05/2020 por Lusa

País

Covid-19

 

"O SNS descobriu dentro de si uma força que estava adormecida e novas formas de trabalhar, nomeadamente o recurso à telesaúde por todos os meios, a disponibilidade das pessoas para trabalhar mais em rede e equipa, a resposta extraordinária conseguida através das linhas de apoio e as respostas que só estavam a ser dadas em ambiente hospitalar e que, agora, são dadas nos cuidados de saúde primários", disse Marta Temido, em entrevista à SIC.

Além disso, a governante destacou a "capacidade" das equipas de saúde familiar em sair das instituições e visitar utentes em lares.

Nos primeiros meses deste ano, que foram "muito penosos", as consultas com recurso à telemedicina tiveram um crescimento de 28% em cuidados hospitalares, revelou.

Marta Temido acredita que esta "capacidade extrema e energia" vai continuar a permitir responder, sublinhando que o SNS tem sido "inexcedível" e irá fazer o seu melhor para responder à altura.

Falando no retomar da atividade programada, a ministra pediu às pessoas para não deixarem de recorrer ao SNS em caso de necessidade efetiva por receio porque o SNS "procura e procurará sempre" ter condições de segurança para os profissionais de saúde e utentes.

Neste momento, comentou, a tutela está a fazer separação de circuitos e agilização de respostas para permitir que as coisas corram bem e em segurança.

O sucesso do que aconteceu até agora reside, sobretudo, nos profissionais de saúde, sublinhou, acrescentando que foram contratados mais 1.800 profissionais neste período.

"E temos de os manter para que os outros possam garantir respostas àquilo que ficou por fazer", vincou.

Já sobre a questão das reivindicações remuneratórias, Marta Temido frisou que existe agora um "contexto específico" no país, lembrando que na anterior legislatura houve um conjunto de repercussões significativas nesta matéria.

Portugal contabiliza 1.023 mortos associados à covid-19 em 25.190 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado hoje.

Relativamente ao dia anterior, há mais 16 mortos (+1,6%) e mais 203 casos de infeção (+0,8%).

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