"A minha ideia era mais simbólica e mais restritiva. Não era desta dimensão e deste número", declarou o chefe de Estado, falando em entrevista por telefone à Rádio Montanha, da ilha do Pico.
E prosseguiu: "Confesso que quando pensei na regra pensei numa cerimónia mais simbólica, mais restritiva, menos ampla, do tipo da cerimónia do 25 de abril".
De todo o modo, a "interpretação das autoridades sanitárias foi mais extensa, ampla e vasta" da que o chefe de Estado tinha idealizado no seu "espírito", declarando Marcelo entender as críticas à dimensão e características do assinalar da data em Lisboa.
"Felizmente os portugueses de uma forma maioritária no resto do fim de semana deram um exemplo de grande calma e serenidade e não embarcaram em aventuras", acrescentou ainda.
A CGTP-IN repudiou no domingo as críticas às comemorações do 1.º de Maio, assegurando que todas as regras do distanciamento sanitário e de proteção da saúde foram cumpridas e que apenas exerceram um direito conquistado no 25 de Abril.
"Não houve proximidade entre trabalhadores, nem o habitual convívio, mas apenas o exercício de um direito que conquistámos em Abril de 1974 e do qual não abdicamos", afirmou, em comunicado, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN).
Relativamente às críticas feitas por partidos políticos e outras entidades às celebrações do Dia do Trabalhador na Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, a CGTP disse repudiar "veementemente o exercício persecutório aos que ousam lutar usando o espaço público".
Portugal entrou domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.