Chefe do Exército admite "défice" de 4.300 praças

O Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME) admitiu hoje "um défice" de 4.300 praças nas suas fileiras, muito abaixo do total de 9.000 autorizados por lei, mas tem a expectativa de "inverter a situação".

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Lusa
05/05/2020 12:51 ‧ 05/05/2020 por Lusa

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As afirmações do general Nunes da Fonseca foram feitas numa audição na comissão de Defesa Nacional, na Assembleia da República, em Lisboa, sobre a participação das Forças Armadas no combate à pandemia de covid-19 em Portugal.

O chefe do Exército afirmou, em resposta ao deputado do Bloco de Esquerda João Vasconcelos, que o questionara sobre a perda de efetivos (mais de 15 mil nos últimos anos), que atualmente o ramo tem 4.705 praças, quando o autorizado pela lei ascende a 9.000.

Nunes da Fonseca afirmou que os números deram sinais de uma estabilização no início do ano, e que foram feitos estudos, já entregues ao Ministério da Defesa Nacional, para tentar soluções quanto à falta de meios humanos.

"Esperamos que com a articulação de regimes de contrato, do regime de contrato especial e quadro permanente de praças consigamos inverter esta situação", disse aos deputados da comissão, numa audição que se prolongou por duas horas.

Em 21 de abril, também na comissão de Defesa, foi ouvido o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) que afirmou esperar que, "se tudo correr bem", se resolvam "até ao final do ano" os problemas salariais, em particular das praças, para tornar a vida militar mais atrativa.

Numa reunião sobre a pandemia, parte da discussão centrou-se no problema da perda de efetivos nos últimos anos e, em resposta a uma pergunta do deputado do PCP António Filipe, o almirante Silva deu números, como a perda de 1.000 efetivos anualmente, e alertou: "Precisamos de fazer subir os efetivos para os 30 mil homens. Precisamos e temos que criar atratividade nas Forças Armadas."

Recordou que a instituição apresentou propostas ao Governo, em estudo, e que a crise da pandemia atrasou o processo.

Silva Ribeiro admitiu os problemas com o recrutamento, dizendo que atualmente são "cerca de 25 mil" efetivos, abaixo dos 30 mil a 32 mil que legalmente é admitido.

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