O estudo serológico do Instituto Ricardo Jorge (INSA), que vai determinar o nível de anticorpos que a população portuguesa tem neste momento para a Covid-19, vai avançar para o terreno na terceira semana de maio e os especialistas estimam que conseguiam obter os primeiros resultados cerca de 15 dias depois.
As informações foram adiantadas, na manhã desta quarta-feira, por Cristina Abreu Santos, que faz parte do Conselho Diretivo do INSA, em entrevista à RTP3.
De acordo com esta profissional, o estudo vai decorrer com a "colaboração de diversas entidades nacionais, públicas e privadas, assim como académicas".
A mostra conta com mais de duas mil pessoas que serão abordadas em mais de 100 pontos de recolha por todo o país.
Neste momento, o INSA está a acabar, tal como explicou Cristina Abreu Santos, o desenho do protocolo do inquérito piloto e para depois avançar para o terreno.
Já no terreno, o que vai acontecer na terceira semana de maio é que os investigadores vão abordar as pessoas que se dirigem aos laboratórios, para efetuar as suas análises de rotina, e questioná-las sobre se estão ou não disponíveis para participar neste inquérito piloto.
Ainda nessa fase, será explicado aos cidadãos o que é o estudo e para que serve. Se aceitarem participar, só terão de preencher um “pequeno” inquérito e sujeitar-se a uma colheita de sangue.
Além deste primeiro estudo, o INSA prevê realizar mais um inquérito, dentro de cinco meses, e depois, pelo menos mais três, de três em três meses.
O objetivo é "ver se o nível de anticorpos que estamos a desenvolver após a primeira onda da pandemia vai aumentar, manter-se, ou diminuir, ao longo do tempo, tendo também em conta as eventuais novas ondas”, explicou a especialista, acrescentando que, “neste momento o que vamos perceber é o nível de anticorpos, mas não vamos ainda conseguir perceber se estamos protegidos a nível da imunidade”.
Leia Também: Costa considera "prematuro" generalização de testes serológicos