Depois de terem sido conhecidos os mais recentes dados acerca da incidência da Covid-19 em Portugal, que dão conta de 28.132 infetados (mais 219), 1.175 mortes (mais 12) e 3.182 recuperados (mais 169), vai agora começar a conferência de imprensa da Direção-Geral da Saúde (DGS).
António Lacerda Sales começou por referir que a taxa de letalidade global se situa nos 4,2% e a taxa de letalidade acima dos 70 anos é de 15,3%. 82,1% dos casos estão a ser tratados nos domicílios e a percentagem em internamento é de 2,5%, "sendo que 0,4% em Unidade de Cuidados Intensivos e 2,1% em enfermaria".
Desde o dia 1 de março, "foram realizados mais de 566 mil testes de diagnóstico à Covid-19 em Portugal". De 1 a 11 de maio, a média foi de mais de 12.600 testes por dia". O secretário de Estado fez questão de referir que "estamos, como reconheceu a OCDE, entre os países que mais testes de diagnóstico fazem à Covid-19".
Lacerda Sales acrescentou que "o primeiro estudo transversal do Instituto Nacional de Saúde de Covid-19 está já no terreno e visa monitorizar a evolução da imunidade contra o novo coronavírus na população portuguesa".
Foram já "contactados os 17 hospitais da rede nacional, incluindo a Madeira e os Açores, e os 105 postos de análise clínicas" em toda a região nacional. Os materiais e questionários serão entregues "até ao início da próxima semana" e depois terá início a fase "de recolha de amostras e dados".
"Continuamos a dar pequenos passos, todos os dias, para um regresso da normalização social possível", dando o exemplo de "esperança" da Dona Lurdes, de 96 anos, que voltou a casa após três semanas de internamento no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos.
Normas para creches
As orientações da DGS são "um conjunto de boas práticas" para as creches, que tenta "conciliar o melhor de dois mundos". "Permitir atividades lúdicas aos meninos, com regras, tirar das salas todo o material que não seja para ser usado como brincadeira, os brinquedos serem lavados e desinfetados com frequência, os meninos não trazerem brinquedos de casa... Permitir todas as atividades para o desenvolvimento harmonioso, para a manutenção dos afetos, mas com regras, com cuidados", esclareceu Graça Freitas.
A Diretora-Geral da Saúde explicou ainda que há outro momento, como o de dormir, em que foram criadas regras: "Se deitarmos os meninos em colchões seguidos com uma distância determinada, em que as cabeças estejam à distância de 1,5 metros, à partida, minimizamos o risco de transmissão de gotículas".
Estas regras vão "ajudar a minimizar o risco sem coartar o desenvolvimento normal deste grupo tão importante". As crianças "vão brincar, é óbvio. Pedimos que, dentro do possível uma sala não tivesse um número tão grande de meninos", destacou.
Já relativamente a testes a profissionais de creches e escolas, "estão a ser feitos neste momento, ainda não terminaram", mas até à data não houve reporte de situações que "tenham dado positivo". Graça Freitas frisou que "os rastreios nas creches estão ainda a decorrer e não são iguais em todo o país".
Quanto ao manual para a Época Balnear, a Diretora-Geral da Saúde referiu que "muitas instituições estão a dar o seu parecer técnico que é baseado em duas circunstâncias: a avaliação do risco que essa atividade balnear contém por si só e depois a proposta de soluções. A resposta é que pela parte da Saúde, esse trabalho ainda não foi terminado".
Infeções e testes
António Lacerda Sales disse que há um total acumulado de 3.183 profissionais de saúde infetados, sendo que 477 são médicos, 838 enfermeiros, 774 assistentes operacionais, 152 assistentes técnicos e 107 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica. "Temos de profissionais recuperados cerca de 658" casos.
Quanto às pescas, "percebemos que é uma questão sensível porque estão em embarcações onde conflui muita gente em aglomerados. Está a ser articulado entre o Ministério do Mar, as autarquias locais e em colaboração com a saúde de testar pescadores" em algumas regiões.
Veja aqui a conferência de imprensa na íntegra:
[Notícia atualizada às 13h48]