Novo Banco? Marcelo deixa no ar crítica a Centeno e elogia Costa

Presidente da República elogiou a posição do primeiro-ministro ao afirmar, no Parlamento, que "fazia sentido que o Estado cumprisse as suas responsabilidades mas, naturalmente, se conhecesse previamente a conclusão da auditoria".

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Melissa Lopes
13/05/2020 14:13 ‧ 13/05/2020 por Melissa Lopes

País

Marcelo

Questionado pelos jornalistas sobre a injeção de 850 milhões no Novo Banco, Marcelo afirmou "que o Estado português cumpre o que tem de cumprir". Ou seja, "assumiu um compromisso, tinha de o cumprir".

No entanto, "havendo, e bem, uma auditoria cobrindo o período até 2018 - a auditoria que tinha pedido há um ano -, faz todo o sentido o que disse o senhor primeiro-ministro no Parlamento: é politicamente diferente o Estado assumir responsabilidade dias antes de se conhecer as conclusões de uma auditoria, ou a auditoria ser concluída dias antes de o Estado assumir responsabilidades", defendeu o Presidente da República, lembrando que estava anunciado para maio o processo conclusivo da auditoria (cobrindo 2000-2018) ao Novo Banco.

O chefe de Estado deixou elogios ao primeiro-ministro afirmando que "esteve muito bem no Parlamento" quando disse que "fazia sentido que o Estado cumprisse as suas responsabilidades mas, naturalmente, se conhecesse previamente a conclusão da auditoria". 

Confrontado pelos jornalistas se as suas palavras significam que Centeno "esteve muito mal", o Presidente respondeu, sem querer apontar o dedo ao ministro das Finanças. "Não. Significam aquilo que eu disse".

"Para os portugueses não é indiferente cumprir compromissos com o conhecimento exato do que se passou num determinado processo, ou cumprir compromissos e mais tarde vir a saber como é foi esse processo até 2018. É politicamente diferente, uma coisa ou outra", reforçou. 

Perante a insistência dos jornalistas, Marcelo disse não ter mais nada a dizer. "O que eu disse foi claríssimo", frisou. 

Ainda sobre o tema, António Costa rematou: "Depois do senhor Presidente, o primeiro-ministro nada tem a acrescentar". "A não ser que, como é sabido, sendo eu um otimista, não tenho a menor dúvida do que é que se seguirá no próximo ano", limitou-se a dizer. 

Estas declarações foram feitas numa visita à Autoeuropa em que o António Costa, nas declarações finais, desafiou Marcelo a candidatar-se a um segundo mandato.

 

 

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