"De acordo com os novos dados recolhidos pela União das Misericórdias Portuguesas (UMP), desde o início da pandemia e até 17 de maio, foram realizados 39.993 testes a utentes e colaboradores das Misericórdias de despiste à covid-19, sendo que mais de seis mil testes ocorreram a semana passada", lê-se no comunicado hoje divulgado pela UMP.
Os dados apontam para a manutenção da taxa de letalidade em 0,4% num universo de cerca de 35 mil utentes, tendo sido registadas cinco mortes na semana passada, "com idades acima dos 70 anos", o que eleva o total de óbitos para 128 desde o início da pandemia, 95 dos quais em hospitais e 32 em unidades da UMP.
O balanço mais atualizado aponta ainda a recuperação de quase 300 pessoas na última semana, entre utentes e profissionais, havendo agora um total de 724 pessoas recuperadas da covid-19, das quais 416 são utentes e 308 colaboradores.
"Em articulação com os secretários de Estado das cinco regiões do país, as Misericórdias Portuguesas vão continuar a testar os seus utentes e colaboradores das Santas Casas para combater a propagação da covid-19, para assegurar uma maior segurança para todos, especialmente na fase atual de desconfinamento que o país vive e que contempla, desde ontem, a visita a lares", refere ainda o comunicado.
Portugal contabiliza 1.263 mortos associados à covid-19 em 29.660 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
O Governo aprovou novas medidas que entraram em vigor na segunda-feira, entre as quais a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.