"Nós estamos a ponderar questões muito locais, com algumas horas, fundamentalmente para circulação de trabalhadores. Temos em ponderação, já o disse, dois pontos. Um em Montalegre e outro em Barrancos, que são aqueles locais que estão mais longe de locais em que a passagem é autorizada e em que ponderamos que ela exista durante algumas horas do dia, não com o caráter permanente como nestes nove postos principais", disse hoje Eduardo Cabrita.
O ministro falava aos jornalistas na fronteira de Vilar Formoso, no concelho de Almeida, distrito da Guarda, após uma visita ao Centro de Cooperação Policial e Aduaneira (CCPA) de Vilar Formoso, onde se inteirou da atividade realizada desde que foram repostas as fronteiras.
Eduardo Cabrita acrescentou que, neste momento, o desafio do país é "consolidar os bons resultados sanitários e começar a preparar, nas próximas semanas, a alteração de regras para o período depois de 15 de junho".
Segundo o governante, a reabertura dos dois locais de passagem entre Portugal e Espanha em Montalegre e Barrancos, está a ser discutida "neste momento" com as autoridades espanholas, mas admite que gostaria que ocorresse ainda "antes de 15 de junho".
Na deslocação a Vilar Formoso, o governante também assistiu ao trabalho de fiscalização desenvolvido no Ponto de Passagem Autorizado (PPA) local.
O PPA de Vilar Formoso é um dos 10 PPA onde o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a Guarda Nacional Republicana (GNR) efetuam o controlo de fronteira.
O controlo das fronteiras terrestres com Espanha está a ser feito desde as 23:00 do dia 16 de março em nove pontos de passagem autorizada, devido à pandemia da covid-19.
Os pontos de fronteira em funcionamento são Valença-Tuy, Vila Verde da Raia-Verín, Quintanilha-San Vitero, Vilar Formoso-Fuentes de Oñoro, Termas de Monfortinho-Cilleros, Marvão-Valência de Alcântara, Caia-Badajoz, Vila Verde de Ficalho-Rosal de la Frontera e Castro Marim-Ayamonte.
No âmbito do controlo das fronteiras, estão impedidas as deslocações turísticas e de lazer entre os dois países, sendo apenas permitida circulação de transportes de mercadorias e de trabalhadores transfronteiriços.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 330 mil mortos e infetou mais de 5,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,9 milhões de doentes foram considerados curados. Em Portugal, morreram 1.289 pessoas das 30.200 confirmadas como infetadas, e há 7.590 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.