Requerentes de asilo ficam na Mesquita de Lisboa até testarem negativo

O grupo de requerentes de asilo em Portugal infetado com covid-19 que está na Mesquita de Lisboa vai permanecer naquele local até testar negativo, disse hoje à agência Lusa o delegado de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

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© Luís Filipe Catarino/CML

Lusa
25/05/2020 19:19 ‧ 25/05/2020 por Lusa

País

Covid-19

De acordo com Mário Durval, o grupo de "cerca de 14 pessoas" foi testado no fim de semana e, agora, terá de esperar, pelo menos, uma semana para voltar a sê-lo.

"[Ficarão na mesquita] até serem testados novamente e darem negativo", realçou, ressalvando que os requerentes de asilo "foram transportados de Santa Margarida para a mesquita para continuarem sob observação".

À Lusa, o delegado de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo não soube precisar ao certo quantas pessoas estarão na Mesquita Central de Lisboa, adiantando que só trata do confinamento e não da distribuição.

No domingo à noite, um grupo de requerentes de asilo em Portugal infetado com o novo coronavírus foi transferido do Campo Militar de Santa Margarida (Constância) para a Mesquita de Lisboa.

De acordo com o líder da comunidade islâmica de Lisboa, David Munir, chegaram à mesquita entre 12 e 15 migrantes, que regressaram a Lisboa depois de terem estado vários dias no Campo Militar de Santa Margarida, em Constância.

"Eles não têm sintomas, mas estão positivos (...) e ficarão [na mesquita] até fazerem testes", disse David Munir, na ocasião.

Este grupo faz parte dos 169 infetados com covid-19 que foram retirados de um hostel em Lisboa, em abril, e transportados para a Base Aérea de Ota, no concelho de Alenquer, para fazerem a quarentena, tendo permanecido naquele local durante um mês.

Em 21 de maio foram transferidos para o Campo Militar de Santa Margarida, em Constância, de onde saíram no domingo para regressar a Lisboa.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou quase 345 mil mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,1 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.330 pessoas das 30.788 confirmadas como infetadas, e há 17.822 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

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