"O medo e a falta de conhecimento sobre as consequências dramáticas que podem advir deste absentismo são as principais causas para esta quebra na taxa de vacinação", afirma o movimento, em comunicado.
"Para que o número de mortes não aumente, é fundamental que se retomem práticas de prevenção", apelou o Mova, referindo que as orientações da Direção Geral da Saúde (DGS) foram para que se cumprisse o Plano Nacional de Vacinação.
De acordo com o movimento, urge recuperar o tempo perdido e preparar uma eventual segunda vaga da pandemia, "apostando na robustez do sistema imunitário de quem está mais fragilizado", como pessoas com mais de 65 anos e doentes crónicos.
"A pneumonia mata uma média de 16 pessoas por dia, no nosso país. Caso a população não retome rapidamente rotinas como a vacinação contra doenças graves, este número pode aumentar exponencialmente", lê-se no documento.
O Mova, que se apresenta como um movimento de cidadania, entende que deve ser reforçada a importância da prevenção de outras doenças potencialmente fatais que podem evitar-se por vacinação, como é o caso da pneumonia e reuniu recentemente a sua estrutura para trabalhar os pressupostos de cartas a enviar ao Ministério da Saúde, ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, à Direção-geral da Saúde e ao Programa Nacional para as Doenças Respiratórias.
O movimento defende que é urgente uma comunicação assertiva por parte das autoridades no sentido de "explicar à população os riscos" no decréscimo das taxas de vacinação.
Em 2018, a pneumonia foi responsável por 43,4% das mortes por doenças do aparelho respiratório, 5,1% do total de óbitos em Portugal, de acordo com os números inscritos no comunicado. "A maioria poderia ter sido evitada através de imunização", acrescenta o MOVA.
Portugal contabiliza 1.342 mortos associados à covid-19 em 31.007 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.