"As pessoas já têm a noção de quais são as praias, as capacidades das mesmas, e se poderão ou não ir, apesar de, segundo a lei, ninguém ser proibido de ir para as praias", referiu à agência Lusa João Carreira.
O dirigente recordou que poderá ser consultada a informação sobre a ocupação dos areais na aplicação móvel Info Praia, de modo a os utilizadores terem noção da "carga das praias".
"Corre-se o risco de estarem lotadas e não é essa a ideia. É tentar que as pessoas se espalhem ao longo do areal", salientou.
Na quarta-feira, a APA publicou as capacidades das praias das regiões do Algarve e Tejo/Oeste, "tendo em conta que o dia 06 de junho marca o início da época balnear", afirmando que as restantes serão publicadas em breve, "considerando as respetivas datas de abertura".
"Estas capacidades são um importante auxiliar para a gestão e utilização segura das praias, pois é a partir destes valores que pode ser dada informação - ao cidadão e às autoridades - de modo a direcionar os devidos comportamentos, de uma forma responsável", adiantou a APA, em comunicado.
Em resposta à agência Lusa, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, que tutela a APA, explicou hoje que a divulgação feita da capacidade das praias em contexto da pandemia da covid-19 integra "uma consulta informal, logo vai sofrer alterações com base nos contributos recebidos", reforçando que se trata de "um documento em mutação".
No âmbito da pandemia da covid-19, o Governo determinou que a época balnear só começa, este ano, em 06 de junho, cabendo à APA o apuramento da capacidade das praias.
Sem se alongar nas declarações, João Carreira referiu estar "mais ou menos de acordo com o que já estava previsto" na lista, porque tem a ver com a articulação feita entre os concessionários, as autarquias e a Agência Portuguesa do Ambiente.
Questionado sobre se poderia haver alterações ao número de nadadores-salvadores consoante a afluência de pessoas às praias, o presidente da Federação Portuguesa dos Concessionários de Praia assegurou que "não tem nada a ver".
"Nós temos um plano integrado de salvamento feito em colaboração com a Autoridade Marítima Nacional e o Instituto de Socorros a Náufragos, que já está definido há alguns anos", sublinhou.