Em direto na Rádio Renascença para falar sobre a covid-19, o chefe de Estado revelou também que tem feito testes de diagnóstico de 15 em 15 dias, por ter "uma necessidade de contacto público maior" e "a responsabilidade de ir a mais cerimónias", o último dos quais depois de ter ido a Ovar.
Em relação aos novos casos de covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo, o Presidente da República reiterou que não existe "uma situação descontrolada" que "justifique alarme social", mas assinalou que os números disponíveis retratam sempre apenas o que se passava há 15 dias e não o cenário atual.
Por outro lado, alertou que os jovens são um grupo etário com menor risco, mas devem pensar que "têm avós, têm pais e têm tios" e comportar-se tendo em conta "o risco social dos outros".
A propósito da sua experiência pessoal nesta fase de reabertura gradual de atividades e estabelecimentos encerrados devido à pandemia, Marcelo Rebelo de Sousa contou: "Esta noite que passou passei-a num hotel, para verificar as condições de higiene do hotel".
"E achei que as condições são muito estritas. É um hotel que nunca fechou. São muito estritas. Tudo é desinfetado: a mala, a pasta, o computador. Há uma desinfeção de quem entra, há uma desinfeção permanente dos quartos. Mas tem de ser assim", acrescentou.
Em relação aos testes de diagnóstico, declarou: "Eu estou a fazer em princípio, como tenho uma necessidade de contacto público maior, de 15 em 15 dias, para garantir que não há risco, não para mim, mas para os meus colaboradores".
O Presidente da República referiu que fez o primeiro teste quando ficou confinado ainda antes do estado de emergência, que vigorou em Portugal entre 19 de março e 2 de maio, e que o último "depois da ida a Ovar", concelho do distrito de Aveiro onde foi estabelecida uma cerca sanitária durante cerca de um mês.
A pandemia de covid-19, doença provocada por um novo coronavírus detetado em final de dezembro na China, atingiu 196 países e territórios.
Em Portugal, os primeiros casos de infeção com o novo coronavírus foram confirmados no dia 02 de março e já morreram 1.369 pessoas num total de 31.596 confirmadas como infetadas, com 18.637 doentes recuperados, de acordo com o relatório de quinta-feira da Direção-Geral da Saúde (DGS).