Face ao aumento de novos casos de Covid-19 na região da Lisboa, mais concretamente no concelho da Amadora, a ministra da Saúde e a diretora-geral da Saúde estiveram reunidas, na manhã deste domingo, com diversas entidades para esboçar um plano com vista à redução do contágio na região.
Como revelou Marta Temido aos jornalistas, na "profícua reunião de trabalho" foi possível "aprofundar uma estratégia de abordagem daquilo que é a intenção de incidir nas cadeias de transmissão".
Estabeleceram os responsáveis que será adotada uma "estratégia ainda mais forte de testagem, de realização de rastreios em população que possa estar infetada. Estamos a falar de uma população jovem, que trabalha e se desloca".
Depois dos lares e das creches, agora "temos de ter uma estratégia para o emprego", indicou a ministra da Saúde.
Durante este processo, serão realizados testes e, "no caso das pessoas que testarem positivo", será feita a "testagem de contacto próximo, o isolamento com atribuição de alojamento alternativo [se necessário]" e ainda "a educação para adoção de medidas adequadas" a esta fase.
Salientou a governante que, "muitas vezes, estas pessoas [infetadas] estão assintomáticas e têm dificuldade em perceber porque não podem sair e trabalhar. Há aqui necessidade de trabalhar aspetos educativos e a saúde pública tem essa função no terreno. Vamos ser capazes de quebrar as cadeiras de transmissão".
Já questionada relativamente às empresas onde serão realizados os testes, esclareceu a ministra que dizem respeito "a setores sobretudo ligados a atividades de grandes entrepostos comerciais, distribuição de produtos, obras de construção civil, prestação de serviços de limpeza". Estas são áreas "onde se cruzam várias pessoas".
Quanto à capacidade instalada na região de Lisboa e Vale do Tejo, é possível "realizar e tratar em termos laboratoriais 7 mil testes" por dia. Se necessário, garantiu a governante, a realização de testes em Lisboa será articulada com outras regiões.
Estima-se que esta estratégia de testagem se prolongue por 10/15 dias, estando a continuidade dependente dos "focos que formos encontrando e da realidade epidemiológica".