As ações antifascistas em Portugal arrancam na sexta-feira, dia 5, em Lisboa pelas 18h30, em frente à embaixada dos Estados Unidos. Sob o lema 'Black Lives Matter', o propósito desta ação é claro: Prestar solidariedade para com os manifestantes que lutam há vários dias nos EUA "para exigirem justiça e o fim das violências policiais e homicidas raciais".
Outro objetivo deste protesto é, paralelamente, mostrar "repúdio ao anúncio feito pelo Trump de classificar a Antifa como grupo terrorista, tentando dividir as grandes mobilizações do povo norte-americano", lê-se na nota enviada ao Notícias ao Minuto.
A organização apela aos participantes que respeitam as distâncias de segurança e que "tragam consigo máscara e muita solidariedade".
No sábado, pelas 18h45, será a cidade do Porto palco de uma ação, nos Aliados. "Mais uma vez, saímos a rua para marcar o nosso repúdio a total liberdade que beneficia a grupos supremacistas e neo-nazis, enquanto o movimento antifascista é responsabilizado por eventos nos quais já foi denunciada a participação de ativistas supremacistas", assinala a estrutura. Um pouco antes, pelas 16h, o protesto antifascista e antirascista acontecerá em Coimbra, na Praça da República.
No mesmo dia, e à margem dos acontecimentos dos EUA, decorrerá, tanto em Lisboa como no Porto, a manifestação 'Resgatar o futuro, não o lucro', com o conjunto de organizações que "construíram e assinaram o manifesto alternativo, de forma democrática e aberta".
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis, depois de um polícia lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd ter dito que não conseguia respirar.
O agente da polícia em questão, Derek Chauvin, foi demitido, detido e acusado de homicídio. Uma semana depois do caso, centenas de milhares de norte-americanos têm vindo para as ruas de dezenas de cidades norte-americanas para protestar contra a violência policial, o racismo, mas também contra as desigualdades sociais, que foram agravadas pela crise da Covid-19.
Alguns protestos têm degenerado em atos violentos e em confrontos com a polícia, com o registo de milhares de detenções, várias vítimas mortais e vários agentes da polícia alvejados.
Em várias cidades, incluindo em Washington, foi decretado um recolher obrigatório.
Na segunda-feira, numa declaração feita a partir da Casa Branca, o Presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu restaurar a ordem no país, ameaçando mobilizar as forças militares para acabar com a violência nas ruas.