DGS não teve dados sobre novos casos em Sintra durante quatro dias

A diretora-geral da Saúde esclareceu esta quarta-feira que os dados sobre o número de novos casos no concelho de Sintra não foram disponibilizados durante quatro dias, adiantando que nesse período registaram-se, em média, 41 casos por dia.  

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Lusa
03/06/2020 16:24 ‧ 03/06/2020 por Lusa

País

Covid-19

 

No boletim epidemiológico de terça-feira, estavam atribuídos a Sintra 182 novos casos, sendo apenas indicado que este número incluía atualizações das notificações médicas dos últimos quatro dias.

Questionada sobre estes valores, durante a conferência de imprensa diária sobre a situação epidemiológica em Portugal, Graça Freitas adiantou apenas que, em média, verificaram-se 41 novos casos em cada dia.

"Não quer dizer que em determinados dias não tenha havido mais casos do que noutros", ressalvou.

Segundo a explicação da diretora-geral, os dados incluídos nos boletins diários da Direção-Geral da Saúde (DGS) resultam do reporte feito pelo Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica, na sua vertente médica e laboratorial.

"O que aconteceu com Sintra foi que durante quatro dias não tivemos acesso a esses dados e sabíamos que não tínhamos acesso a esses dados porque não estavam a ser notificados nos nossos sistemas", justificou, acrescentando que são feitos acertos diariamente.

Graça Freitas referiu ainda que, por vezes, também têm de ser feitas correções na informação disponibilizada no boletim, designadamente em relação à atribuição de casos a determinada região, dando o exemplo de um caso que na terça-feira era atribuído à Região Autónoma da Madeira, mas esta quarta-feira já não constava.

O caso, explica, tratava-se de um estudante que regressou de Coimbra, onde estuda e onde foi testado, tendo sido, inicialmente, considerado um novo caso na Madeira, importado do continente. "Mas hoje a Madeira decidiu que não e, por isso, hoje esse caso contou para Coimbra", acrescentou.

"Temos de olhar para estes números sempre com estas pequenas diferenças, que têm a ver com a correção do verdadeiro local de residência das pessoas e, de facto, de um dia para o outro há pequenas alterações", disse, sublinhando que não são erros na informação, mas "afinamentos".

Sobre a situação epidemiológica na região de Lisboa e Vale do Tejo, Graça Freitas acrescentou ainda que as autoridades da zona oeste estão a detetar pequenos focos, sublinhando que estes estão a ser controlados, através da realização de testes e da identificação dos casos positivos.

Portugal contabiliza pelo menos 1.436 mortos associados à covid-19 em 32.895 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado esta quarta-feira.

Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, que sexta-feira foi prolongado até 14 de junho, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Esta fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório apenas para pessoas doentes e em vigilância ativa e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

Novas medidas entraram em vigor na segunda-feira, com destaque para a abertura dos centros comerciais (à exceção da Área Metropolitana de Lisboa, onde continuarão encerrados até, pelo menos, 4 de junho), dos ginásios ou das salas de espetáculos.

Estas medidas juntam-se às que entraram em vigor no dia 18 de maio, entre as quais a retoma das visitas aos utentes dos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.

Sábado regressaram as cerimónias religiosas comunitárias enquanto a abertura da época balnear acontecerá em 6 de junho.

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