Uma nota de imprensa divulgada pelo Governo da Madeira revela que os dois executivos se reuniram hoje por videoconferência e que "ambas as regiões" manifestaram "uma posição muito bem definida" e "idêntica", defendendo que "o controlo sanitário deve fazer-se sempre na origem das viagens".
"Posição que a Madeira assumiu sempre desde o princípio e que reivindicou não só junto do Governo da República, como também da União Europeia. Essa mesma defesa foi constatada por parte do Governo de Canárias", acrescenta a nota.
As duas regiões, que têm uma reação próxima, incluindo ao nível turístico, decidiram "afirmar internacionalmente esta mesma posição comum, e, simultaneamente, continuar a fazer ver junto da União Europeia que as regiões ultraperiféricas têm especificidades próprias que justificam esta defesa".
Além disso, pretendem "relevar a necessidade de um reforço dos fundos europeus para fazer face aos constrangimentos da covid-19 nestes territórios insulares".
"Da abertura que existiu, o Governo Regional da Madeira considera que resulta um espaço de progressão nesta parceria atlântica de relevante interesse", conclui o executivo do arquipélago português.
Na videoconferência participaram, por parte das ilhas espanholas, o presidente do governo, Ángel Perez, o vice-presidente, Román Rodríguez, o conselheiro para os Assuntos da Saúde, Júlio Manuel Hernandéz, e a conselheira para o Turismo, Yaiza Herrera.
Pela Madeira participaram o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, o vice-presidente, Pedro Calado, o secretário regional da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, e o secretário regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 380 mil mortos e infetou quase 6,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 2,7 milhões de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.447 pessoas das 33.261 confirmadas como infetadas, e há 20.079 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.