Arrancou a conferência de imprensa diária, deste domingo, de atualização de informação relativa à infeção pela Covid-19 no país, após ter sido divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) que, nas últimas 24 horas, foram registados mais 342 casos confirmados e cinco mortos associados ao novo vírus, em Portugal.
Em direto para o país, Marta Temido foi a primeira responsável a tomar a palavra, esclarecendo que "dos 255 novos casos em Lisboa e Vale do Tejo, 101 provêm da operação de rastreios na Área Metropolitana de Lisboa".
Lisboa e Vale do Tejo (LVT) continua a ser a região do país com mais casos diários de infeção por Covid-19, com 75% dos 342 casos reportados hoje em cinco regiões.
Sobre o número de novos casos no Norte (mais 54 doentes) e no Centro (mais 24 contágios), a ministra da Saúde também explicou que nem todos correspondem a pessoas infetadas nas últimas 24 horas. "Alguns correspondem a notificações que foram seguidas pelas autoridades de saúde mas não estavam registadas nas bases de dados”, sustentou a governante.
Portugal está "a preparar nova reserva estratégica" de equipamentos
A ministra da Saúde disse que Portugal está "a preparar uma nova reserva estratégica" de equipamentos e materiais para responder à Covid-19, porque não pode "baixar a preparação para a doença".
Na conferência de imprensa, Marta Temido adiantou ainda que "continuam a estar previstas entregas de equipamentos de proteção individual ao longo das próximas semanas".
Na segunda-feira de manhã, chegará "mais um voo" com "cerca de 20" ventiladores, acrescentou. No total, Portugal comprou 1.151 ventiladores, dos quais 717 já estão em território nacional ou em trânsito nas embaixadas e 434 estão por entregar.
"O direito à manifestação existe e cabe aos organizadores garantirem regras de saúde"
A ministra da Saúde disse, ainda, que se revê no motivo do protesto contra o racismo que juntou milhares de pessoas em várias cidades do país, mas voltou a apelar ao civismo de manifestantes e organizadores, em contexto de pandemia.
"Não estamos em estado de emergência e, portanto, o direito à manifestação existe e cabe aos organizadores dessas manifestações garantirem que as regras de saúde pública (...) são cumpridas", frisou a ministra da Saúde, quando questionada sobre a sua opinião em relação aos protestos nas ruas.
Lares continuarão a manter equipas de saúde familiar
Sobre os lares de idosos, Marta Temido recordou que, até à data, "estas estruturas não fazem parte da carteira de serviços das equipas de saúde familiar". Ou seja, a visita dos médicos de família aos idosos institucionalizados "não estava nas rotinas" do sistema.
"Esta foi uma fragilidade que identificámos neste processo e que pretendemos garantir que não sofre um retrocesso", frisou, justificando a referência, no Programa de Estabilização Económica e Social, "à necessidade de manter o apoio" da saúde familiar aos idosos institucionalizados em estruturas residenciais.
Reveja a conferência aqui:
[Última atualização às 15h01]
Leia Também: AO MINUTO: Mais cinco mortes em Portugal; As medidas do Plano Suplementar