A reabertura das ATL estava prevista para 01 de junho, no mesmo dia em que voltaram a funcionar as instituições do pré-escolar, mas foi adiada por duas semanas, devido à necessidade de preparar a organização dos espaços onde se desenvolvem estas atividades, justificou o primeiro-ministro, António Costa.
No domingo foram conhecidas as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS) para o funcionamento destes espaços, que salientam que as crianças com mais de 10 anos devem usar máscara nos Centros de Atividades de Tempos Livres (ATL).
Na orientação, a DGS salienta que todos os ATL (que recebem crianças para atividades de estudo e lazer a partir dos seis anos) têm de estar devidamente preparados para abordar possíveis casos suspeitos de covid-19, tendo por exemplo uma área de isolamento, definição de circuitos, ou atualização de contactos de emergência das crianças.
Nem todas as crianças regressam hoje aos ATL, que são retomados a duas velocidades. Aquelas que frequentam os estabelecimentos ligados às escolas só voltam a partir de 26 de junho, altura em que termina o terceiro período.
O mesmo já tinha sucedido com as atividades de apoio à família que, no caso do pré-escolar, foram retomadas no dia 01 de junho, juntamente com a reabertura dos jardins de infância.
No caso dos restantes ciclos de ensino, estas atividades só vão ser retomadas após o final do ano letivo, uma vez que as atividades letivas presenciais estão suspensas e as escolas continuam encerradas.
Os estabelecimentos de ensino, desde creches a universidades, foram encerrados em 16 de março, altura em que o Governo decidiu suspender todas as atividades presenciais de forma a conter a propagação do novo coronavírus.
Entretanto, algumas faculdades e politécnicos retomaram, em meados de maio, as aulas presenciais das disciplinas práticas. Também voltaram a funcionar creches e escolas secundárias no 11.º e 12.º ano, que reabriram portas em 18 de maio, e os jardins de infância.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 421 mil mortos e infetou mais de 7,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.505 pessoas das 36.180 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.