O presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, José Calixto, revelou, que dos 164 testes de despistagem à Covid-19 realizados foram identificados mais sete novos casos positivos, esta terça-feira, e descobertos mais quatro, de rastreios realizados no sábado mas que só hoje é que se soube os resultados. Ao todo, há mais 11 contágios.
Em declarações à RTP, o autarca adiantou também que dos sete novos casos, dois são de habitantes do concelho e cinco são de trabalhadores do lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS), local onde começou este surto.
O número de trabalhadores infetados do lar aumenta assim para 22 e o dos utentes mantém-se nos 46, sendo que, destes últimos, três idosas estão internadas no hospital de Évora.
Garantindo que todos os doentes infetados se encontram confinados, José Calixto referiu que o "problema comunitário está, neste momento, relativamente contido".
Questionado sobre se o município irá avançar com mais medidas para controlar o foco de Covid-19, o responsável afirmou que, apesar da gravidade da situação, os "níveis de propagação comunitária são baixos ainda" e acrescentou que a aplicação de mais restrições "é uma matéria reservada às autoridades sanitárias".
Ainda assim, o presidente ressalvou que "foram tomadas as medidas certas no tempo oportuno" - tais como o encerramento dos estabelecimentos de ensino e de alguns espaços comerciais - e que o balanço da situação, deve oferecer "alguma tranquilidade". "Também tivemos hoje a certeza que não há cadeias de contágio em grandes superfícies e numa fábrica em Évora", acrescentou.
O surto em Reguengos de Monsaraz foi detado, na passada quinta-feira, no FMIVPS, tendo sido iniciada nesse dia a testagem a todos os funcionários e utentes da instituição e, posteriormente, à comunidade.
Serviços do município, escolas, creches e jardins de infância locais, atividades de apoio à família e "alguns estabelecimentos comerciais" situados nas imediações do lar afetado já foram encerrados.