Medidas do Governo correspondem ao que "os especialistas tem defendido"
O Presidente da República assinalou hoje que as medidas anunciadas pelo Governo no âmbito da covid-19 vão ao encontro do que defendem os especialistas em matéria de resposta à pandemia, tendo sido encontradas soluções especificas para cada região.
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País Presidente Marcelo
"A ideia é encontrar soluções diferentes para realidades que se entendam diferentes. Uma ideia que corresponde àquilo que os especialistas tem defendido, que é não haver soluções gerais, mas soluções específicas para situações especificas", salientou Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que assim se "pretende corresponder à situação presente no país, na grande Lisboa, e em algumas freguesias de um número pequeno de municípios na grande Lisboa".
Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita ao bairro de São Roque da Lameira, no Porto, o chefe de Estado revelou que teve conhecimento prévio da decisão anunciada hoje pelo Governo, tendo explicado que as medidas tiveram em consideração a dimensão social e de saúde pública.
"Certamente pesou no pensamento do Governo a ideia de que, para esses diretamente envolvidos, há uma dupla preocupação: de um lado da saúde pública, do outro lado do emprego e da continuação do trabalho e da atividade económica", referiu.
Marcelo disse ainda que as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro foram as consideradas suficientes para esta altura e em face do levantamento feito no terreno. "O Governo ponderou em função de dados concretos, do levantamento no terreno, e entendeu que era suficiente o leque de medidas neste momento adotadas", afirmou.
António Costa anunciou esta tarde, após o Conselho de Ministros, que a 1 de julho o país passa para o estado de alerta, com exceção da Área Metropolitana de Lisboa, onde 19 freguesias se mantêm no estado de calamidade.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 482 mil mortos e infetou mais de 9,45 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.549 pessoas das 40.415 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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