FENPROF pede respostas para a investigação científica em tempos de Covid

A investigação científica é uma das áreas que, de acordo com a FENPROF, "não escapou" aos impactos da pandemia.

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Filipa Matias Pereira
26/06/2020 08:19 ‧ 26/06/2020 por Filipa Matias Pereira

País

Covid-19

Os impactos da pandemia de Covid-19 fizeram sentir-se, à semelhança de outros setores, na investigação científica. De acordo com a Federação Nacional de Professores (FENPROF), esta área "não escapou à regra e as perturbações decorrentes da pandemia tiveram reflexos a vários níveis". A organização sindical pede agora respostas ao Governo. 

Detalha a organização sindical que projetos de investigação foram temporariamente suspensos porque, em alguns casos, implicavam "trabalho de campo e mobilidade, no contexto nacional ou internacional, num período em que a liberdade de circulação se encontrou (e ainda se encontra) profundamente condicionada ou mesmo impossibilitada".

Houve igualmente "investigação que deixou de ser realizada por aqueles que estão hoje diretamente envolvidos em trabalho com o SARS-CoV-2 ou com os impactos da Covid-19".

E há ainda a registar a "impossibilidade de transpor para um formato à distância processos de trabalho científico que implicam, necessariamente, uma relação social de estreita proximidade e confiança, algo profundamente comprometido neste período".

Acrescem, a este cenário, "as dificuldades acrescidas no relacionamento existente entre os investigadores e as suas instituições de acolhimento e, também, com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT)".

Acredita a FENPROF que "estes exemplos ilustram bem, mesmo que de forma parcial e incompleta, as enormes dificuldades sentidas na Ciência e as repercussões diretas da pandemia na concretização dos programas de trabalho acordados entre investigadores, instituições de pertença e FCT".

Exige a organização sindical que o Governo "tome medidas integradas e sistémicas de resposta às perturbações decorrentes da pandemia". Estas devem "levar em linha de conta as justas reivindicações que têm sido feitas por todos aqueles que, sendo parte integrante do sistema científico e tecnológico nacional, se encontram em situação laboral mais frágil e vulnerável".

Entre as medidas a adotar, destaca-se, "pela sua urgência, a prorrogação de todas as bolsas (diretamente financiadas pela FCT e restantes) e de todos os contratos a termo de investigação, por um período equivalente à duração das condições que obstaculizam o normal desenvolvimento do trabalho de pesquisa". A FENPROF defende ainda "o adiamento dos prazos previstos para avaliações intercalares ou de renovação, por igual período de tempo".

Recorde-se que a Federação Nacional de Professores (Fenprof) saiu na quinta-feira de uma reunião com o Ministério da Educação que diz ter sido "tirada a ferros" sem conhecer as propostas da tutela para o próximo ano letivo

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