Deputados alertam que escolas precisam de preparar ano letivo
O PCP e o Bloco de Esquerda criticaram hoje o Ministério da Educação por falta de "uma estratégia concreta" que permita às escolas começarem a preparar-se para o regresso às aulas, em setembro.
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País Ensino
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, anunciou hoje no parlamento que o programa tutorial específico vai ser alargado ao ensino secundário e que haverá um novo pacote de 125 milhões de euros para reforçar a contratação de mais professores, funcionários e técnicos especializados no próximo ano letivo.
Durante uma audição do ministro na comissão parlamentar da educação, a deputada do PCP, Ana Mesquita, defendeu que "não basta falar genericamente", sendo necessário haver "uma estratégia concreta alicerçada em dados concretos. E isso está a faltar".
"O que vai ser feito, quando? Com que calendário?", questionou Ana Mesquita, dando como exemplo o anúncio de mais profissionais para as escolas sem que se tivesse percebido quando de que forma será feita essa contratação.
Poucos minutos antes também a deputada do BE, Joana Mortágua, lembrou que o mês de junho está a terminar e continua desconhecido o diploma que define as regras de organização do próximo ano letivo, que serve de orientação para os diretores escolares.
O ministro prometeu que "muito em breve" será publicado o diploma sobre a organização do próximo ano letivo, que está previsto começar entre 14 e 17 de setembro.
Sobre o anúncio de mais dinheiro para contratar profissionais, Joana Mortágua lembrou que "120 milhões é uma parte muito pequena do orçamento da Educação".
Também o PSD insistiu na sua intervenção inicial que é preciso conhecer o plano para o próximo ano letivo. "Tem nas mãos o futuro de 1,5 milhões de crianças e jovens. Deixemo-nos de propaganda mediática que tem feito omelete sem ovos", frisou a deputada Cláudia André.
O ministro anunciou ainda que o crédito horário das escolas será reforçado em 25% para assegurar aos agrupamentos que contratem mais professores ou técnicos para "apoios, coadjuvações ou desdobramentos durante todo o ano letivo".
O ministro voltou a garantir que o Governo está a trabalhar para que o regresso às aulas seja feito de forma presencial, mas que poderão existir "soluções mistas ou não presenciais", tendo em conta a evolução da pandemia.
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