Questionada sobre o aumento de casos da doença em vários lares, em conferência de imprensa para dar conta do progresso na luta contra a pandemia, Marta Temido lembrou que mais de um terço dos óbitos acontecidos no país aconteceram em pessoas de lares.
Os lares já obedecem a uma série de requisitos, desde os planos de contingência à separação de doentes, mas passarão também a ser visitados por equipas conjuntas formadas por profissionais de saúde e da segurança social, e também da Proteção Civil, "de forma a que haja um controlo permanente daquilo que são as boas práticas", disse Marta Temido.
"Não bastam testes, vamos manter controlo muito apertado", disse a governante, adiantando que está a ser equacionado o retomar de alguns programas de rastreio, de forma mais aleatória e dirigida aos profissionais que trabalham nesses lares.
Ainda assim, concluiu Marta Temido, não se vai generalizar a suspensão das visitas a lares, mas apenas naqueles onde são detetados casos.
Questionada pelos jornalistas sobre a situação no Hospital de Cascais a ministra disse que a situação "mostra tranquilidade", e insistiu que na luta contra a doença o mais importante "é continuar a trabalhar para interromper cadeias de transmissão".
Sem esquecer, disse, que maioria dos novos casos das últimas semanas, sobretudo na região de Lisboa, são pessoas que nunca estiveram confinadas. "Não podemos atribuir todos os novos casos ao desconfinamento", frisou.
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse na mesma conferência de imprensa que os profissionais de saúde e os idosos institucionalizados vão ser prioridade na vacina contra a gripe e que começarão a ser vacinados assim que estejam disponíveis.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 522 mil mortos e infetou mais de 10,92 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.598 pessoas das 43.156 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.