Esta unidade, resultante da adaptação da área onde então funcionavam as consultas externas, funciona de forma autónoma do Hospital Central, com circuitos próprios às pessoas afetadas com a covid-19.
"Senhor Presidente, tudo isto custou dinheiro", comentou o chefe do Governo Regional, Miguel Albuquerque, durante o percurso que Marcelo Rebelo de Sousa fez até à entrada desta Unidade de Cuidados Intensivos dedicada à covid-19.
Dirigindo-se a médicos, enfermeiros, assistentes operacionais e demais pessoas que o aguardavam, Marcelo Rebelo de Sousa foi cumprimentando cada um dos profissionais e elogiando "o bom trabalho" que têm desenvolvido.
"Bom trabalho, é preciso paciência, merecem a nossa gratidão", referiu.
Marcelo Rebelo de Sousa partiu depois para a freguesia de Câmara de Lobos, onde há dois meses foi feito o levantamento da cerca sanitária, instalada entre 19 de abril e 03 de maio, devido a uma cadeia de transmissão de covid-19.
Antes, porém, esteve no Centro de Saúde do Bom Jesus.
Devido ao surgimento de uma cadeia de transmissão da covid-19 num dos bairros sociais de Câmara de Lobos, o da Nova Cidade, supostamente na sequência de um convívio familiar na altura da Páscoa, o executivo madeirense decretou, em 19 de abril, uma cerca sanitária para a freguesia, por um período de 15 dias, a única adotada no arquipélago.
A cerca sanitária foi levantada a partir das 00h00 do dia 03 de maio, uma vez que a localidade, com cerca de 18 mil habitantes, não registou novos casos positivos de infeção.
O surto levou ao confinamento de 22 pessoas numa unidade hoteleira na zona do Cabo Girão, tendo sido identificados mais de 200 contactos e realizados mais de 500 testes.
Marcelo Rebelo de Sousa realiza a deslocação à freguesia de Câmara de Lobos, que toma o nome do concelho madeirense, tal como o fez em Ovar, no distrito de Aveiro, e ao concelho da Povoação, nos Açores, que também estiveram sob cercas sanitárias.
À tarde, Marcelo Rebelo de Sousa regressa ao Funchal para um encontro com os responsáveis das instituições particulares de solidariedade social da região autónoma, na Quinta Magnólia.
O Presidente da República segue depois para o Aeroporto Internacional da Madeira, onde visita a Unidade de Rastreio e Vigilância à covid-19, que entrou em funcionamento em 01 de julho, com a reabertura do arquipélago ao turismo.
A operação de rastreio de viajantes, nos aeroportos da Madeira e Porto Santo, foi montada na sequência de uma resolução do Governo regional, de coligação PSD/CDS-PP, que impõe a obrigatoriedade de os passageiros apresentarem um teste negativo realizado até 72 horas antes do início da viagem, ou, então, a efetuá-lo à chegada.
Desde 01 de julho, já foram efetuados 1.668 testes nos aeroportos do arquipélago, um dos quais, realizado sábado, foi positivo, elevando para três o número de casos ativos, todos sem necessidade de cuidados hospitalares.
A Região Autónoma da Madeira teve até agora 93 casos confirmados de covid-19 e não registou até ao momento qualquer óbito devido à pandemia do novo coronavírus.