Após ter reunido com a Autoridade Nacional de Emergência da Proteção Civil (ANEPC), a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, garantiu que o país está preparado para combater os possíveis incêndios e ocorrências que advenham da atual situação de elevado risco de incêndio em que Portugal se encontra.
Apontado que o "cenário meteorológico é muito complicado" e que estão previstas "potenciais ocorrências difíceis de gerir", a governante afirmou que o país tem agora "o dispositivo [de combate aos incêndios] no seu expoente máximo".
Em declarações aos jornalistas, Patrícia Gaspar quis deixar também uma mensagem "de coragem e muito de apreço" a todos operacionais que estão no terreno, a garantir "a segurança de todos".
Questionada sobre que regiões do país se encontram em maior risco, a secretária de Estado referiu que a maior preocupação está "sobretudo na zona do Interior Centro e Norte, mas também no Algarve".
"Temos todo o país em alerta amarelo à excepção de Santarém", acrescentou, apontando que esta situação vai ser reavaliada sendo também possível que muitos distritos passem para alerta laranja ou até vermelho.
Alertando para o facto de qualquer "faísca" poder desencadear uma situação catastrófica e que a "tolerância é zero para o uso do fogo", Patrícia Gaspar recordou, no entanto, que o caminho que tem sido "trilhado" pelas autoridades e portugueses tem promovido um grande avanço na prevenção e combates aos fogos no país.
"Estamos no caminho certo. Em comparação com a última década, temos menos 55% de incêndios e menos 70% de área ardida em Portugal. Este é o caminho", vincou a governante.
Reforço de equipamento para 10 mil operacionais
Sobre o material de proteção individual [para combate aos incêndios], a governante adiantou que está a decorrer um concurso "para garantir o reforço da distribuição de mais material de proteção individual a todos os operacionais".
Confessando ainda não poder apontar uma data para a concretização deste reforço, Patrícia Gaspar referiu, contudo, que a tutela está a "fazer todos os possíveis" para garantir que estes materiais chegam aos mais de 10 mil operacionais. "Todo o esforço está a ser feito no sentido que essa distribuição possa ser feita com a máxima brevidade possível", reiterou.