DGS esclarece que distanciamento nas escolas deve ser 1 metro
Jamila Madeira, secretária de Estado Adjunta e da Saúde, e Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, revelam os principais desenvolvimentos sobre a pandemia da Covid-19, em Portugal.
© DGS
País Covid-19
A conferência de imprensa da DGS desta quarta-feira contou com Jamila Madeira, secretária de Estado Adjunta e da Saúde, e com Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, que falaram ao país momentos após ter sido divulgado que nas últimas 24 horas foram registados mais oito mortos, 375 casos confirmados de Covid-19 e 560 recuperados.
Graça Freitas começou por querer fazer um esclarecimento sobre as orientações divulgadas para o próximo ano letivo no que diz respeito à prevenção e controlo da Covid-19. Sublinhando que houve uma certa "confusão" gerada à volta do distanciamento que deve ser respeitado entre alunos, docentes e não docentes nas escolas, a diretora-geral da Saúde reiterou que "sempre que possível deve-se garantir um distanciamento de pelo menos um metro sem comprometer as atividades letivas".
"Isto ficou redigido assim para que esta medida não seja vista isoladamente (...). Esta medida deve ser vista, no contexto de orientações múltiplas de segurança", reforçou, enumerando que "estão previstos circuitos diferentes, utilização de máscaras por toda a comunidade escolar, uma determinada disposição de carteiras nas salas, uma determinada utilização dos espaços, higienização, etiqueta".
Sequelas permanentes? "Vamos aguardar"
Confrontada com o facto de haver já estudos que apontam para que algumas pessoas fiquem com sequelas da Covid-19, Graça Freitas destacou que estas investigações, muitas vezes realizadas com amostras "muito pequenas" de doentes, fazem avaliações muito prematuras, visto que passou relativamente pouco tempo desde que surgiu a doença para se compreender se estas alegadas sequelas são "permanentes ou passageiras". Reiterando que estes estudos pecam por falta de "robustez científica", a responsável aconselhou: "Vamos aguardar".
Da segunda vaga aos casos de reinfeção
Sobre uma possível segunda vaga, Graça Freitas admitiu que o novo coronavírus "pode não respeitar a preferência por uma estação". Revelando que a situação epidemiológica na Austrália tem sido um ponto de referência para as autoridades de saúde no que diz respeito à observação da evolução do surto no Hemisfério Sul (ou seja noutra estação), a responsável afirmou que o país verificou "uma primeira onda, conseguindo baixar bastante os casos" e, agora, está a ter uma “segunda onda simétrica à primeira”.
Sobre a possibilidade de reinfeção de pessoas dadas como recuperadas, a diretora-geral da Saúde reafirmou que “não há provas de que exista o fenómeno de reinfeção”. “Sabemos que existem pessoas que tiveram a doença, e tiveram dois testes negativos, o critério que indica que estão curadas, mas mais tarde tiveram um teste positivo. Isso não significa que as próprias estejam reinfetadas ou que transmitam o vírus”, sustentou, esclarecendo ainda que essa situação pode indicar apenas que estas pessoas "possuem partículas do vírus”.
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