Em declarações aos jornalistas, Sílvia Silva, diretora do 2.º Jardim-Escola João de Deus, explicou que a criança que testou positivo para covid-19 na terça-feira frequenta a sala dos dois anos da creche do estabelecimento de ensino e não o pré-escolar, como anteriormente divulgado.
Segundo a diretora, o 2.º Jardim-Escola João de Deus da Figueira da Foz "cumpriu todas as medidas determinadas pela autoridade de saúde" face a este caso positivo de infeção pelo novo coronavírus, encerrando a creche - que funciona num edifício independente do pré-escolar, nas traseiras do edifício principal - e enviando para casa 28 crianças e 11 funcionários daquela valência, que estão em isolamento e vigilância.
Sílvia Silva enalteceu, por outro lado, a atitude "muito responsável" da família do menino infetado, depois do pai daquele ter testado positivo para covid-19 no domingo: "A criança já não veio à escola na segunda-feira e foi fazer o teste", que deu positivo, indicou.
A valência de pré-escolar do 2.º Jardim-Escola João de Deus, que recebe crianças entre os três e os cinco anos, mantém-se em funcionamento. De acordo com a diretora, desde a reabertura após o estado de emergência decretado face à pandemia de covid-19, alberga cerca de 30 meninos e meninas, sensivelmente metade do total de alunos habitual.
Em declarações na terça-feira à agência Lusa, o delegado de saúde da Figueira da Foz, José Farias, confirmou o caso positivo do menino, acrescentando que as crianças e outras pessoas que com ele tiveram contacto no jardim-de-infância "foram para casa e estão em isolamento".
"Vão ficar em isolamento. Se tiverem sintomas, contactam a linha Saúde 24 ou o seu médico de família para determinação dos passos seguintes", nomeadamente a realização de testes à covid-19, acrescentou.
"O que é fundamental é promover o isolamento, é isso que permite quebrar uma eventual cadeia de transmissão", declarou o delegado de saúde.
Ainda segundo José Farias, o teste à criança, residente na Figueira da Foz, foi realizado na segunda-feira e o resultado conhecido na terça-feira. Este caso, frisou, "estava ancorado" num "contexto familiar" do menino, que já permanecia em isolamento com a família e onde "provavelmente" foi infetado.
Na altura, o médico de saúde pública disse ainda que as 28 crianças que foram colocadas em isolamento em casa "não se cruzaram" com outros alunos do 2.º Jardim-Escola João de Deus, nomeadamente os do pré-escolar, já que as valências funcionam em edifícios diferentes.
Também o presidente da autarquia da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, confirmou à Lusa o caso de infeção do menino, assegurando que "estão a ser tomadas todas as medidas" e que a situação está a ser acompanhada pelo delegado de saúde.
"Os miúdos que tinham estado com este menino não se cruzaram com os outros", reiterou Carlos Monteiro.
No boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS), que na terça-feira passou novamente a incluir os dados por concelho, a Figueira da Foz apresentava um total de 44 casos de infeção pelo novo coronavírus, mais três do que os últimos dados conhecidos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 574 mil mortos e infetou cerca de 13,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.668 pessoas das 47.051 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da DGS.