Ordem dos Médicos Norte defende preparação atempada do SNS para o inverno

O presidente da Ordem dos Médicos do Norte defendeu hoje que a tutela deve preparar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) para as necessidades do inverno, sugerindo o regresso dos hospitais de campanha para dar resposta à covid-19.

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Lusa
22/07/2020 13:52 ‧ 22/07/2020 por Lusa

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Covid-19

"A possibilidade de [no inverno] vir a aumentar o número de infetados e também o número de doentes que necessitam de cuidados é um risco muito real. A tutela, nomeadamente a ARS-N [Administração Regional de Saúde do Norte], deveria já estar a programar o inverno. É fundamental que se comece a pensar nos internamentos no inverno, em eventuais hospitais de retaguarda para se houver um número excessivo de internamentos possamos alocar os menos graves para esses espaços. Seja pela gripe ou pela covid-19, o importante é que estejamos preparados para o inverno", disse António Araújo.

O presidente da Ordem dos Médicos do Norte, que falava aos jornalistas à margem de uma visita ao Hospital Magalhães Lemos, no Porto, apelou a uma "preparação atempada" para "o que possa acontecer de pior", mas ao mesmo tempo mostrou-se otimista face aos números atuais relacionados com a pandemia do novo coronavírus.

"Na região Norte os números estão perfeitamente controlados. Não existe um aumento do número de internamentos, pelo contrário, esse número tem-se mantido mais ou menos estável e em números muito reduzidos, quer ao nível do internamento geral, quer ao nível de internamento nos cuidados intensivos", disse.

António Araújo deixou, no entanto, uma mensagem cautelosa e reiterou apelos a cuidados e medidas de prevenção.

"Esta é uma situação que varia rapidamente. Há que manter o cuidado e as medidas de proteção, manter a máscara e lavar as mãos frequentemente de forma a mantermos este cuidado e os números reduzidos", sublinhou.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 616 mil mortos, incluindo 1.697 em Portugal.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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