Marcelo Rebelo de Sousa visitou, esta sexta-feira, a instalações da Continental Mabor, em Vila Nova de Famalicão, para assinalar os 30 anos da multinacional em Portugal e a produção de 3.600.00 pneus.
Durante o discurso, o Presidente da República elogiou a empresa e apelou aos portugueses para seguirem a "história exemplar" da Mabor.
"A Mabor está a apontar-nos o sentido do futuro. É uma história exemplar", defendeu o Chefe de Estado, acrescentando que esta deve ser repercutida "à escala nacional".
Rebelo de Sousa referia-se ao acordo do Conselho Europeu para retoma da economia comunitária pós-crise da covid-19, num pacote total de 1,82 biliões de euros, que, segundo disse, "é uma oportunidade única que não pode ser desperdiçada".
"A Europa decidiu ser Europa, decidiu ser unida, decidiu investir para preparar a mudança para a segunda metade e final do século XXI. E Portugal tem uma oportunidade, mas uma oportunidade que é uma responsabilidade. Vai ser preciso investir e criar condições para investir. Não podemos ter investimentos de 500 milhões parados que, por razões de ordem administrativa diversa, são atrasados. Não pode ser assim nos milhares de milhões que vamos investir nos portugueses. E o dinheiro não é do Governo, do partido A ou B, é dos portugueses e é por isso necessária uma mobilização nacional. Os portugueses têm de perceber que esta oportunidade é única", disse.
Em linha com o mesmo pensamento, o Presidente da República salientou que "é preciso que haja controlo adequado na utilização dos dinheiros públicos" e garantiu que sabe que "para investir e, com este investimento, para exportar é preciso haver condições para investimento, administração pública que crie essas condições, decisões tomadas a tempo, que não demore anos".
Antes de terminar a sua intervenção no evento, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou a sua confiança nos portugueses.
"Agora que temos como nação uma oportunidade única para construir o futuro temos de a aproveitar, não a podemos desperdiçar e tenho a certeza que não a desperdiçaremos porque nós somos capazes do melhor", atirou.
Recorde-se que, na madrugada de terça-feira, o Conselho Europeu aprovou um Quadro Financeiro Plurianual para 2021-2027 de 1.074 mil milhões de euros e um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões, dos quais 390 mil milhões serão atribuídos em subvenções e os restantes 360 mil milhões em forma de empréstimo.
Somando 15,3 mil milhões de euros em subvenções do Fundo de Recuperação e 29,8 mil milhões de euros de subsídios do Quadro Financeiro Plurianual, Portugal irá Portugal irá receber mais de 45 mil milhões de euros nos próximos sete anos.
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