RT nacional "é de 0,94". Alentejo é a região com o índice mais elevado
A conferência de balanço da situação pandémica em Portugal contou esta segunda-feira com a presença da ministra da Saúde, Marta Temido, e da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
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País Covid-19
Após a divulgação dos mais recentes dados relativos a Portugal, teve início a conferência de imprensa de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus (Covid-19) que contou, esta segunda-feira, com a ministra da Saúde e da diretora-geral da Saúde.
Marta Temido começou por revelar que o número de casos em Lisboa e Vale do Tejo (LVT) tem "decrescido significativamente" nos últimos dias. Portugal tem 196 surtos ativos (menos dois do que no final da semana passada) que se distribuem da seguinte forma: 41 no Norte, 13 no Centro, 119 em Lisboa e Vale do Tejo, 10 no Alentejo e 13 no Algarve.
De acordo com dados da aplicação 'Trace Covid', a maior percentagem de casos ativos do novo coronavírus encontra-se em Lisboa e Vale do Tejo - com 67% do total - seguindo-se a região Norte, Centro e, em seguida, Alentejo e Algarve.
Na atualização de um relatório do Instituto Ricardo (Jorge INSA) apresentado na conferência, a governante indicou que o RT (valor médio do risco de transmissão), foi de "0,94" entre os dias 19 e 23 de julho. Já no Alentejo, onde o RT é o mais alto do país, neste momento, "este situa-se nos 1,09. Já no Norte é de 0,86".
Questionada pelos jornalistas, a ministra da Saúde ainda explicitou que há uma "distribuição assimétrica" dos indivíduos afetados e que os "impactos" são distintos consoante quem é infetado.
Quanto à preparação para o inverno, Temido sublinhou um "reforço do Serviço Nacional de Saúde", bem como o "aumento da capacidade laboratorial do SNS e do INSA" que levará a "22 mil testes diários na rede pública" e o completar do trabalho de investir em ventilação.
Mencionada foi também a região do Algarve, onde a ministra recordou que foi realizado um "despacho excecional para permitir a mobilidade de recursos humanos" para esta região.
Transmissão vertical? "Estamos a acompanhar com muita atenção"
Foi relatado um possível caso de transmissão vertical que "estamos a acompanhar com muita atenção", disse Graça Freitas na resposta a uma questão sobre o feto de oito meses que morreu no Hospital Amadora-Sintra. A diretora-Geral da Saúde recordou ainda que há muito poucos casos deste género de transmissão em todo o mundo.
Neste momento, acrescentou, não há nada que leve a uma alteração da norma vigente para as grávidas, mas Graça Freitas sublinhou que a DGS continuará atenta.
De recordar que uma grávida de oito meses de gestação, infetada com o novo coronavírus, sofreu um aborto, no passado mês de junho, no referido hospital. De acordo com o jornal Expresso, a mulher, que não sabia que tinha Covid-19, pois estava mas assintomática, só descobriu que estava infetada depois de ser testada na Unidade.
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[Notícia atualizada às 14h33]
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