Numa pergunta dirigida ao ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, a JSD lembra que nas residências estudantis existem espaços que exigem a coabitação e que já é "conhecida a carência existente ao nível da oferta de camas" nestes estabelecimentos, "problema que afeta milhares de alunos todos os anos".
Para a JSD, com o início de um novo ano letivo em contexto de pandemia, as orientações da Direção Geral da Saúde (DGS) para estes estabelecimentos são "mais urgentes" e "absolutamente necessárias para a salvaguarda de estudantes e das suas famílias".
"A este respeito, as recentes notícias e as informações vindas a público sobre a adaptação das residências para o próximo ano letivo preocupam-nos e preocupam toda a comunidade académica", aditam.
Citado em comunicado, o recentemente eleito presidente da JSD, Alexandre Poço, mostra preocupação "na medida em que a remoção de camas nos quartos e nas residências pode significar para muitos alunos a perda de alojamento, pelo que é urgente que sejam postas em cima da mesa alternativas para os estudantes".
Neste contexto, a JSD pretende saber quais as medidas que serão aplicadas para manter o normal funcionamento das residências antes do próximo ano letivo, "tendo em conta as diretivas emanadas pela DGS" e se alguma dessas medidas implicará a redução do número de camas disponíveis.
A juventude 'laranja' questiona ainda o ministro sobre que resposta terá preparada para os alunos que "por foça da redução do número de camas, fiquem sem lugar nas referidas residências" e se o ministério equaciona a contratualização de alojamento estudantil com entidades externas, "sejam elas públicas, privadas ou sociais, de forma a fazer face à diminuição esperada do número de camas".
Por fim, a JSD pretende saber se serão disponibilizados às residências estudantis mais recursos materiais para a higienização dos espaços e zonas comuns com maior regularidade.
A 08 de julho, durante a audição na comissão parlamentar de Educação, Manuel Heitor garantiu que as orientações da DGS para as residências de estudantes seriam conhecidas em "meados do mês de julho", acrescentando que as regras eram já conhecidas pelas instituições, faltando "afinar os detalhes".
À data, o ministério acrescentou ainda que estava em estudo a hipótese de ocupar alojamentos locais.
Segundo números apresentados pelo secretário de Estado Sobrinho Teixeira, no próximo ano letivo haverá cerca de mil camas novas ou que foram entretanto alvo de melhorias.
"Dependendo do que vão ser as orientações da DGS sobre as normas a aplicar em residências, que terão de ser seguidas por todas a instituições, apontaremos para uma oferta da MoviJovem, que é cinco vezes maior que no ano passado: Serão 500 camas em Pousadas da Juventude", anunciou Sobrinho Teixeira.
A este meio milhar, somam-se "mais 638 camas que as IES vão poder disponibilizar no próximo ano letivo para os estudantes", graças a protocolos celebrados com diversas entidades, desde centros sociais e paroquiais, a dioceses e câmaras municipais, acrescentou.