O ministro português dos Negócios Estrangeiros (MNE) já comentou, em comunicado enviado às redações e na rede social Twitter, a decisão do Reino Unido de, esta quinta-feira, retirar Portugal da lista dos países com que mantém restrições em matéria de voos diretos. A decisão, informa o ministério, "entra em vigor às 4h00 do próximo sábado, dia 22 de agosto".
"Isto significa que a partir desta data todas as viagens para Portugal são consideradas seguras pelo Governo britânico e nenhuma pessoa, chegando ao Reino Unido proveniente de Portugal, ficará sujeita à obrigação de um período de quarentena", destaca o ministro Santos Silva.
Mais. Esta decisão é também "muito importante" porque vai permitir "repor a habitual mobilidade de pessoas entre Portugal e o Reino Unido, qualquer que seja o motivo das deslocações: turismo, exercício de atividades profissionais, motivos familiares, realização de estudos, intercâmbio académico ou outras".
A partir do próximo sábado os viajantes provenientes de Portugal que cheguem ao Reino Unido deixam de estar sujeitos a quarentena. As autoridades britânicas consideram também seguras todas as deslocações a qualquer parte do território português. É uma boa notícia.
— N Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) August 20, 2020
Lembra ainda o Governo que esta medida é de "particular relevância para os mais de 300 mil portugueses que residem no Reino Unido, bem como para os mais de 30 mil britânicos que escolheram Portugal para viver", mas também "para as muitas centenas de estudantes portugueses em universidades britânicas e trabalhadores e quadros profissionais que têm de se deslocar regularmente entre os dois países", é reforçado na nota.
O ministério sublinha que para este desfecho "muito contribuiu o intenso trabalho bilateral realizado, quer ao nível político, quer ao nível técnico", assim como "a evolução positiva da situação em Portugal, nomeadamente a capacidade para testar em larga escala, detetar os casos positivos, controlar a sua transmissão e tratá-los da forma mais adequada", que foram reconhecidos pelo Reino Unido.
A terminar, pode ler-se no documento que, o "Reino Unido junta-se assim à Polónia, à Grécia, à República Checa, à Hungria, a Malta, à Roménia, à Bélgica, aos Países Baixos, à Dinamarca e ao Chipre no levantamento de restrições à mobilidade de passageiros oriundos de Portugal".
[Notícia atualizada às 18h03]