Sindicato lamenta que Arqueologia seja setor "esquecido e abandonado"

A Arqueologia é um setor "esquecido e abandonado" pelo Governo, acusa o Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (STARQ), que salienta que os trabalhadores deste setor não têm acesso aos apoios extraordinários no âmbito da covid-19.

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Lusa
20/08/2020 18:31 ‧ 20/08/2020 por Lusa

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Pandemia

A situação é assinalada pelo presidente do STARQ, Regis Barbosa, que, em declarações à agência Lusa, referiu que a situação é "grave", num setor em que 70% dos trabalhadores "têm vínculo precário".

"Não há uma linha no mapeamento da cultura apresentado pela ministra [da Cultura] sobre a arqueologia", disse Regis Barbosa, que acrescenta: "É como se este setor não existisse".

Os trabalhadores de arqueologia não estão entre os Códigos de Atividade Económica (CAE) que permitem aceder à linha de apoio social criada pelo Ministério da Cultura, no âmbito dos apoios extraordinários, devido à pandemia de covid-19.

O responsável sindical realçou o facto de não se reunirem com o Governo desde março e de nem terem sido ouvidos no âmbito do estatuto do trabalhador da Cultura.

"O Governo não tem uma estratégia de fundo para a arqueologia", disse o presidente do STARQ, que acusou a ministra da Cultura, Graça Fonseca, de inação quanto a este setor do património cultural.

A agência Lusa contactou o Ministério da Cultura, que não deu qualquer resposta em tempo útil.

A linha de apoio social destina-se a técnicos, artistas, autores e outros profissionais, que tenham solicitado ou recebido apoio extraordinário da Segurança Social enquanto trabalhadores independentes, e que se candidatam a um máximo de 1.316,43 euros.

Os requerentes que forem aceites nesta linha de apoio terão de descontar o apoio extraordinário de 219 euros que receberam da Segurança Social em abril e em maio. O que significa que, em vez de um máximo de 1.316,43 euros, receberão 877 euros.

Este apoio será pago em duas prestações em agosto e em setembro.

Este apoio social está disponível para 18.000 beneficiários, mas a ministra da Cultura, Graça Fonseca, admitiu que o universo de abrangidos poderá vir a ser maior.

Entre as várias atividades excluídas deste apoio estão as de arquitetura, design, fotografia, para além de várias outras, como os arqueólogos ou os editores de livros.

A lista de profissionais abrangidos inclui os múltiplos trabalhadores das artes do espetáculo, profissionais do audiovisual, escultores, pintores e artistas tauromáquicos, entre outros.

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