Alunos da escola básica 72 vão ter aulas na Junta da Estrela
Os alunos da escola básica 72, em Lisboa, vão iniciar o ano letivo nas instalações da Junta de Freguesia da Estrela, devido ao atraso da obra na sequência de casos de covid-19 entre os trabalhadores, anunciou hoje a Câmara Municipal.
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País Alunos
"A obra para a escola provisória estava prevista estar pronta no início de setembro, mas no contexto da pandemia existiram casos de covid-19 em pessoas externas à Câmara Municipal de Lisboa, mas essenciais à obra", informou o gabinete do vereador com o pelouro da Educação e dos Direitos Sociais, Manuel Grilo (BE), referindo que a autarquia encontrou uma alternativa para receber os alunos numa outra escola durante algumas semanas, até a obra estar terminada.
A solução da Câmara Municipal de Lisboa foi comunicada à comunidade escolar, mas a Junta de Freguesia da Estrela avançou com a disponibilização das suas instalações para "receber de forma extraordinária os alunos" no início do ano letivo.
"Apesar do Plano B noutra escola, e depois de visitar solução proposta hoje pela Junta de Freguesia, apontaremos como a melhor possibilidade esta última. Ela garante que os alunos se mantêm juntos e dentro da freguesia", esclareceu o gabinete do vereador Manuel Grilo, num nota enviada à agência Lusa.
Neste âmbito, o presidente da Junta de Freguesia da Estrela, Luís Newton (PSD), acusou hoje a Câmara Municipal de Lisboa de "inoperância" na gestão das instalações transitórias da escola básica 72.
"Não podia ficar impávido e sereno quando sou confrontado, sem ser consultado, com a possibilidade de as crianças irem para um local longínquo", afirmou o autarca Luís Newton, num comunicado dirigido aos encarregados de educação da escola 72.
De acordo com a Câmara Municipal de Lisboa, a escola básica 72 foi assinalada no relatório encomendado ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil como estando em mau estado, pelo que "durante o ano letivo passado, a pedido do pelouro da Educação, foram feitas diversas correções aos problemas assinalados como mais urgentes, com sucesso".
"No entanto, a desocupação do edifício a partir do mês de março agravou o seu estado e a Proteção Civil, após vistoria, inviabilizou a sua utilização", indicou o gabinete do vereador da Educação, referindo que, perante a impossibilidade de continuar no edifício da escola, foi feito um procedimento urgente para construção de uma escola provisória situada no antigo Mercado do Rato de forma a albergar a comunidade da escola básica 72, obra que atrasou devido à pandemia de covid-19.
Sobre o projeto de reabilitação geral das instalações originais da escola, o gabinete do vereador Manuel Grilo revelou que se encontra a ser desenvolvido pela Empresa Municipal SRU Ocidental, acrescentando que, "infelizmente, esta pandemia vai obrigar a muitas readaptações e a Câmara Municipal de Lisboa estará em articulação com a comunidade para conseguir ultrapassar estas dificuldades".
Além da informação dirigida aos encarregados de educação, o presidente da Junta de Freguesia da Estrela escreveu um outro comunicado sobre a situação, em que a classifica como a "última gota", criticando o trabalho de Manuel Grilo (BE), vereador com o pelouro da Educação e dos Direitos Sociais na Câmara Municipal de Lisboa, inclusive defendendo a demissão do vereador e a renúncia ao mandato.
"Estou infelizmente habituado a lidar com a inoperância do vereador Manuel Grilo, mas confesso que atingi o meu limite e sinto que a cidade de Lisboa também. Numa altura com desafios tão fundamentais e que exigem tanta preparação e competência para recuperarmos o mínimo de normalidade, é incomportável continuar a ter um ativista que se rege apenas por motivações ideológicas a gerir a maior de todas as batalhas: a da reabertura das escolas", declarou Luís Newton.
A Lusa solicitou uma reação às críticas do autarca Luís Newton, mas o gabinete do vereador Manuel Grilo escusou-se a comentar.
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