Covid-19. Acompanhe aqui em direto a reunião entre peritos e políticos
Especialistas, políticos e parceiros sociais voltam hoje a reunir-se, agora no Porto, para analisar a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal. Sessão conta pela primeira com transmissão aberta.
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País Covid-19
Já começou, no início da tarde desta segunda-feira, mais uma reunião entre especialistas, políticos e parceiros sociais sobre a evolução da pandemia em Portugal.
Após as sessões, conhecidas como "reuniões do Infarmed", terem sido suspensas em julho, o encontro de hoje, garantiu o Governo, "será importante" para avaliar as medidas a adotar a partir de 15 deste mês, momento em que o Continente irá entrar em situação de contingência, a fim de prevenir uma escalada da propagação da doença no país.
Desta vez, foi Marta Temido a inaugurar a reunião, que começou por elogiar o trabalho realizado pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS) durante os primeiros seis meses da pandemia: "O SNS respondeu às necessidades assistenciais de todos os residentes em Portugal".
De seguida, a governante apontou que, hoje, "Portugal está melhor preparado para enfrentar a próxima fase", pois há "mais recursos, mais organização, mais experiência e mais conhecimento". Contudo, alertou a ministra, a par dos outros países europeus, Portugal tem "pela frente um contexto complexo", tendo em conta, "o regresso às aulas, a gripe sazonal, o habitual acréscimo da mortalidade nos meses do Inverno - particularmente nos mais idosos-, a necessidade de responder a todas as outras necessidades assistenciais, a dificuldade económica de um eventual suportar de um novo' lockdown'.
"Temos de estar bem cientes do contexto que nos rodeia e com conhecimento procurar enfrentá-lo", frisou.
Entre 17 e 30 de agosto, Portugal registou uma "trajetória crescente"
Após recordar a agenda de trabalhos desenhada para esta tarde, Marta Temido passou a palavra a Pedro Pinto Leite, da DGS, que deu início à apresentação dos dados sobre a situação epidemiológica em Portugal. De acordo com o responsável, entre os dias 17 e 30 de agosto, o país registou uma "trajetória crescente" no número de novos casos. Este período em particular foi escolhido porque conta com mais informação "consolidada", bem como abrange o "último relatório quinzenal”.
Nestes dias, foram, assim, registados 3.909 contágios, sendo que a região de Lisboa e Vale do Tejo contabilizou 56% desses casos e o Norte 31%. Ainda de 17 a 30 de agosto, verificou-se que 48% das pessoas diagnosticadas com Covid-19 no países eram sintomáticos.
Quanto às principais causas de transmissão, 49% dos infetados disse ter tido contacto com pessoas que contraíram o novo vírus no seio familiar e 16% em ambiente laboral. No que diz respeito à incidência na população, 54% dos casos, neste período, são mulheres e 64% dos infectados têm mais de 50 anos.
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Recorde-se que na primeira parte do encontro será apresentada a "situação epidemiológica atual" por Pedro Pinto Leite, da Direção-Geral de Saúde, e Alzenda Machado em substituição de Baltazar Nunes, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.
Na secção para "atualização de informação" estarão em exposição "o inquérito serológico nacional" (Ana Paula Rodrigues, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge), "o estudo caso-controlo" (Henrique Barros, Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto), "APP Stayaway Covid" (José Manuel Mendonça, do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência, e Luís Goes Pinheiro, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde) e a "nova vacina" (Rui Santos Ivo, do Infarmed).
Na segunda parte haverá uma apresentação de Maria João Brito, do Hospital Dona Estefânia (Lisboa), sobre "covid-19 nas crianças" e uma outra sobre "um regresso seguro à escola: enfrentar as realidades, minimizar os riscos, antecipar soluções", com Carla Nunes, Escola Nacional de Saúde Pública, Manuel do Carmo Gomes, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e novamente de Henrique Barros.
Segue-se depois o período de debate e encerramento, que não serão transmitidos.
Estas reuniões, que surgiram por iniciativa do primeiro-ministro, com um objetivo de partilha de informação, começaram no dia 24 de março e decorreram até 08 de julho, em 10 sessões no auditório do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos da Saúde, em Lisboa, inicialmente semanais e depois de periodicidade quinzenal.
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