Corredor aéreo: "Temos sempre uma certa sensação de injustiça"
Inglaterra decidiu hoje colocar novamente Portugal na lista 'negra' dos países a evitar, impondo a quem regresse do território português (exceção feita aos Açores e Madeira) uma quarentena de 14 dias. Presidente diz que a zona do Algarve é injustamente punida com esta decisão.
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País Marcelo
Marcelo Rebelo de Sousa comentou esta quinta-feira a decisão de Inglaterra de retirar Portugal novamente do corredor aéreo, afirmando que "temos sempre uma certa sensação de injustiça, uma vez que não fechamos a entrada a países que tem situações bem mais difíceis e complicadas que a nossa".
Em declarações aos jornalistas em Oeiras, o chefe de Estado disse ser uma "sensação de injustiça", porque não se pode dizer que todo o território continental esteja na mesma situação.
A decisão, que o Ministério dos Negócios Estrangeiros já lamentou, "é compensada pela alegria de vermos que Açores e Madeira não são atingidos", disse Marcelo.
O Presidente argumentou que "não há, em termos de números, uma situação igual entre grandes áreas metropolitanas e o resto do território, em particular o Algarve, muito punido por esta decisão".
"Esperamos agora que, com o tempo, possa haver - o mais rápido possível - a ultrapassagem desta situação", afirmou o Presidente da República, acrescentando que, em todo o caso, "a vida é feita disto". "Temos de continuar, olhar em frente", vincou o chefe de Estado, indicando que vai ter reuniões com o setor da hotelaria esta semana. "O que é preciso é resiliência e persistência", sublinhou. Mas mais do que serem resilientes, acrescentou, "os portugueses devem perceber que com uma pequena ajuda podem facilitar a sua própria vida".
Neste sentido, Marcelo lembrou aquilo que disseram os especialistas e que está provado: "Se houver uma redução em termos de convívio social - isto aplica-se a todos, mas agora em particular aos jovens - é mais fácil haver uma evolução que não seja uma evolução negativa da pandemia".
O que se pede aos portugueses, reafirmou o Presidente, "é que continuando a trabalhar, continuando a apostar na economia e na vida social, no entanto percebam que a economia só avança e a realidade social só é o que nós desejamos se houver um contributo na frente da vida e da saúde que passa, não pelo confinamento, mas por uma contenção". No que toca às medidas anunciadas hoje, estas "só valem verdadeiramente se os portugueses compreenderem, assumirem e fizerem um esforço. E se fizerem um esforço é mais fácil", atirou Marcelo.
O Conselho de Ministros decidiu esta quinta-feira que Portugal voltará à situação de contingência na próxima terça-feira, dia 15. Entre as medidas anunciadas hoje está a imposição do limite máximo de ajuntamentos até 10 pessoas.
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