No fim de uma visita a um lar de idosos, no Algarve, o Presidente da República comentou a evolução da pandemia do novo coronavírus em Portugal. "Como sabem, continuamos a ter uma situação sem stress, em matéria de internamentos e de cuidados intensivos, e um número baixo de óbitos", começou por referir.
Contudo, Marcelo Rebelo de Sousa reconhece que o número de casos tem vindo a aumentar e admite "que o número de hoje é preocupante". Recorde-se que, este domingo, foram reportados 673 novos casos.
"É preocupante por ser ao fim de semana, costumava ser inferior. E bem, mais de 600 casos, não pondo em risco o controlo em matéria de resposta do SNS, que não põe, ainda assim, não é uma boa notícia para um fim de semana. Vamos ver como vai ser a evolução", expressou.
Marcelo alerta, no entanto, para o facto de as novas medidas decretadas pelo Governo só começarem a ser aplicadas a partir do dia 15 de setembro e que só aí se poderá analisar se produzem efeitos.
"Tenho uma teoria que é, só produzem efeitos se as pessoas ajudarem. Não há máquina digital em condições de aplicar sanções se não forem cumpridas. Cada caso é um caso, as pessoas produzem milhares de gestos ao longo do dia, portanto é impossível estar atrás de todas as pessoas", referiu, alertando que "ou as pessoas, com equilíbrio, criam condições num momento que é difícil por toda a Europa e mundo para minimizar os custos, ou então isso é um problema, porque as medidas acabam por não ser muito efetivas".
A esperança do Presidente da República é que as novas medidas sejam efetivas, para que não se corra o risco "de passar dos 600 para os 700, dos 700 para os 800".
A partir de terça-feira, Portugal Continental vai entrar em situação de contingência, para controlar a pandemia, com a implementação de medidas preventivas, considerando o período de regresso às escolas e ao trabalho. Reveja aqui as medidas que entram em vigor.
[Notícia em atualização]