Quatro de seis novos funcionários já em funções no lar ilegal de Gondomar

Quatro dos seis funcionários que a Segurança Social (SS) se comprometeu a contratar para o lar ilegal de Gondomar onde 21 utentes e oito funcionários testaram positivo à covid-19 já estão em funções, revelou fonte da câmara.

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Lusa
17/09/2020 17:00 ‧ 17/09/2020 por Lusa

País

Covid-19

 

Estes funcionários foram recrutados através da rede da Cruz Vermelha Portuguesa para prestar serviço no lar que ficou com quatro funcionários em serviço após ter sido detetado o surto e oito terem ficado em isolamento.

Em causa está a situação num lar de Gondomar, no distrito do Porto, onde já foi registado um óbito devido ao novo coronavírus e onde 21 dos 30 idosos e oito funcionários testaram positivo à covid-19.

Um idoso de 90 anos, que fazia hemodiálise e que faleceu na semana passada, terá estado na origem do surto de covid-19.

Na quarta-feira, em declarações à agência Lusa, o presidente da câmara de Gondomar, Marco Martins, revelou ter o compromisso da SS de que estava em curso o recrutamento de funcionários para dar apoio ao lar.

"O lar também já contactou empresas de trabalho temporário e o Centro de Emprego está a fazer um esforço muito grande. Mas é muito difícil porque não existem pessoas disponíveis", observou então o autarca.

Marco Martins referiu ainda que "o lar também já conseguiu resolver a situação das refeições e do serviço de lavandaria, contratando fora".

Hoje, fonte da câmara indicou que "o estado de saúde dos idosos mantém-se estável" e que a autarquia já recebeu a garantia de que os contactos dos oito funcionários que testaram positivo "estão todos em isolamento".

Na terça-feira Marco Martins disse à Lusa não ter recebido indicação da direção do lar de "sobrelotação" e que esta deu garantia de que "fez a separação dos positivos dos negativos".

Ou seja, os idosos mantêm-se na habitação, estando isolados e separados por "utentes infetados" e "utentes não infetados", depois de ter sido considerado pela delegação de saúde de Gondomar que "o regresso às famílias poderia gerar maiores riscos de contágio".

"O lar indicou-nos que tem o seu processo de licenciamento em curso", acrescentou o autarca.

A Lusa, no local, tentou uma reação dos proprietários do lar, mas não foi possível.

Portugal contabiliza pelo menos 1.888 mortos associados à covid-19 em 66.396 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 941 mil mortos no mundo.

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