Novo confinamento? "Eficácia seria menos importante" do que em março

Marta Temido defende que o país está mais bem preparado para lidar com a pandemia do que em março. Em entrevista à RTP, a ministra da Saúde garantiu ainda que o Serviço Nacional de Saúde está longe de estar em ruptura e que, neste momento, a prioridade do Governo é de detetar mais rapidamente novos casos e redobrar a atenção "àquilo que são patologias não Covid-19".

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Mafalda Tello Silva
22/09/2020 08:05 ‧ 22/09/2020 por Mafalda Tello Silva

País

Marta Temido

A par do que já tinha sido defendido pelo primeiro-ministro e pela diretora-geral da saúde, a ministra da Saúde também afastou, ontem à noite, a ideia do regresso a um confinamento geral devido à pandemia. Em declarações prestadas no Telejornal da RTP, Marta Temido explicou que, atualmente, o confinamento tem uma "eficácia menos importante do que no passado".

"Hoje todos os países estão a tentar afastar-se dessa ideia", denotou, garantindo, ainda assim, que serão sempre aplicadas medidas "proporcionais ao risco que enfrentarmos".

Questionada sobre a possibilidade de confinamentos locais, a ministra da Saúde reiterou que o Governo tem "tentado ter medidas de precisão" e que há "regiões do país" em que já é possível "dizer qual é o risco quase porta a porta".

Ainda sobre o contexto pandémico atual, a governante salientou que hoje o país está mais bem preparado para travar o novo vírus do que há seis meses: "Enfrentamos esta fase com confiança", declarou, argumentando que, neste momento, há "mais meios, mais recursos humanos e técnicos, mais organização e mais conhecimento".

Esta preparação, sustentou a ministra, traduz-se, por exemplo, em mais "700 ventiladores do que tínhamos em março" ou numa maior capacidade laboratorial de realização de testes de despistagem à Covid-19. "Fazíamos cerca de três mil testes por dia em março e agora temos feito 23 mil testes por dia", recordou.

Sobre a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Marta Temido garantiu que a capacidade de internamento de doentes Covid-19 está longe de estar pressionada: "Das 500 camas que a Região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) tem guardadas nesta fase, para resposta à Covid-19, neste momento, estão ocupadas 300".

A próxima prioridade da tutela, adiantou a ministra da Saúde é de "melhorar a celeridade de deteção de casos e atenção àquilo que são patologias não Covid-19". Um dos pontos também a melhorar é a resposta do serviço ao telefone, sendo que se tem verificado um problema com as redes telefónicas que já está também a ser resolvido. "Estamos a investir na modernização tecnológica", afirmou, "com o reforço das linhas telefónicas e com o reforço da capacidade de atendimento", concluiu.

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