O epidemiologista Manuel Carmo Gomes afirmou, na RTP3, na noite desta quarta-feira, que acredita que a vacina contra o novo coronavírus não vai surgir "no balcão da farmácia" antes da segunda metade do próximo ano, mas que, nos primeiros seis meses de 2021, a teremos para "dar a grupos restritos".
"Estou convencido que vamos ter mais do que uma vacina e que, até ao fim do ano, haverá uma ou duas, pelo menos, que serão licenciadas, algumas delas são de tecnologias que nunca foram usadas comercialmente em grande escala", começou por referir o especialista na estação pública.
Em seguida, disse estar "convencido também" que na "primeira metade do ano que vem teremos as primeiras vacinas disponíveis para dar a grupos restritos", como profissionais de saúde e "pessoas de alto risco".
Contudo, "não contem com uma vacina no balcão das farmácias antes da segunda metade do ano que vem", ou seja "uma vacina para todos" não estará, no entender do especialista, disponível para o público em geral antes desta data.
Recorde-se que a Johnson & Johnson anunciou ontem que irá começar os testes da fase 3, última etapa de desenvolvimento da sua vacina contra a Covid-19, que deverá incluir até 60 mil voluntários em oito países, incluindo o Brasil.
A empresa, que está empenhada em distribuir a vacina sem ter lucro, enfatizou que "continua a aumentar a sua capacidade de produção" e espera ser capaz de entregar mil milhões de doses por ano.