Mais de 20 idosos infetados em lar ilegal de Gondomar vão para hospital

Os 24 idosos que testaram positivo à covid-19 e se mantêm no lar ilegal de Gondomar fechado coercivamente são hoje transferidos às 14h00 para o Hospital Fernando Pessoa, revelou à Lusa fontC da autarquia.

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Lusa
24/09/2020 13:37 ‧ 24/09/2020 por Lusa

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Coronavírus

A operação será acompanhada pela Proteção Civil de Gondomar, bem como pela Polícia Municipal, Segurança Social e Delegação de Saúde local, estando previsto envolver quatro ambulâncias de transporte múltiplo e dez de socorro.

De acordo com fonte da câmara de Gondomar, no distrito do Porto, os idosos "mantém-se estáveis" e a transferência que "deverá demorar algumas horas", começando às 14:00.

O Hospital Fernando Pessoa é uma unidade hospitalar privada localizada em Gondomar e os custos da operação serão assumidos "numa primeira fase" pela autarquia.

Em causa está o lar ilegal Paródias e Ternuras localizado em Valbom, concelho de Gondomar, onde foram detetados 24 casos covid-19 entre idosos e onde já se registaram duas mortes.

Somam-se mais oito casos de infeção de funcionários e o da diretora do lar, todos a fazer isolamento em casa.

Na quarta-feira, em declarações aos jornalistas, o presidente da câmara de Gondomar, Marco Martins anunciou que este lar seria encerrado coercivamente.

"Foram repetidos os testes e apenas cinco [idosos] continuam a testar negativo. Também a proprietária, que era quem estava a gerir o lar, está infetada. Logo, o lar está sem gestão. Hoje de manhã [quarta-feira], a Comissão Municipal de Proteção Civil reuniu e foi decidido encerrar coercivamente o lar", informou.

O caso do lar ilegal foi tornado público a 15 de setembro, com 29 infetados, incluindo funcionários, e um morto, mas o cenário agravou-se e foi registada uma segunda morte.

Quanto aos cinco idosos que testaram negativo, foram transferidos quarta-feira à noite para uma residência sénior da Segurança Social de Vila Nova de Gaia.

"O espaço foi encerrado por falta de condições sanitárias e por falta de licença de utilização e não será permitido que volte a ter este tipo de solução", frisou na quarta-feira Marco Martins.

De acordo com o autarca, "a Segurança Social já está a tratar também de uma alternativa para quando os utentes deixarem de estar positivos".

Marco Martins assegurou que irá imputar à direção do lar "as despesas de hospitalização dos utentes que serão assumidas pela autarquia".

E acrescentou: "está a ser compilada informação para ser remetida ao Ministério Público, até porque esta mesma proprietária, soubemos entretanto, viu a Segurança Social encerrar-lhe um outro lar na Maia, em 2013".

O lar foi hoje alvo de uma inspeção da Segurança Social e da Proteção Civil local a 18 de setembro.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 971 mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.928 em Portugal.

 

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