Teste da Unilabs permite diferenciar novo coronavírus de outras infeções
A Unilabs vai disponibilizar um teste de diagnóstico que permite "diferenciar o novo coronavírus de outros tipos de infeções respiratórias sazonais", auxiliando os clínicos a realizarem diagnósticos mais precisos, revelou hoje o diretor médico da empresa.
© Lusa
País Covid-19
"A ideia era tentarmos ter uma ferramenta de diagnóstico que, em simultâneo, nos permitisse diferenciar se é ou não covid-19 e, se não for, qual o vírus que está a causar aquele quadro clínico", afirmou António Maia Gonçalves.
Em declarações à agência Lusa, o diretor médico da Unilabs Portugal explicou que a ferramenta surgiu no âmbito de uma colaboração com um laboratório sul coreano.
"Agora com a época da gripe, vamos ter doentes a tossir, com dores de garganta, pingo no nariz e com febre a recorrerem aos hospitais e centros de saúde. Clinicamente, é impossível sabermos se é covid-19, uma gripe banal ou gripe A", observou o médico.
Esta "arma de diagnóstico", que ficará disponível "nos próximos 10 dias", permitirá assim, através de uma única amostra via zaragatoa da nasofaringe depreender se se trata do SARS-CoV-2 ou de outras patologias respiratórias.
O teste, realizado mediante prescrição médica, poderá ser feito nos mesmos locais dos testes covid-19, em 'drive thru' ou algumas unidades da empresa.
"Depois vamos tentar massificar a distribuição à medida que for necessário", afirmou António Maia Gonçalves, acrescentando que os resultados ficarão disponíveis entre 24 a 36 horas após a realização do teste.
"Este novo teste irá ajudar os médicos a realizar diagnósticos mais precisos e a tomar melhores decisões, com maior rapidez sobre as opções de tratamento de cada caso", sublinhou o clínico.
Em Portugal, morreram 1.931 pessoas dos 71.156 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
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