Marta Temido marcou presença, esta terça-feira, no programa 'Dia de Cristina', na antena da TVI. Numa curta entrevista e num registo mais intimista, a ministra da Saúde emocionou-se, confessando sentir-se "muito cansada", mas desistir não é uma opção. "Não posso, seria uma cobardia. No entanto, estou disponível para ir embora quando os portugueses entenderem que é o momento", vincou.
Já quanto à evolução da pandemia em Portugal, e fazendo uma retrospetiva, Marta Temido destacou "os dias de grande pressão psicológica" e o "espírito de abnegação" dos profissionais de saúde que não medem esforços para combater a Covid-19. "Ninguém estava preparado para uma prova deste tipo e com duração que não conseguimos saber", disse.
A melhor defesa, sublinhou, "está nas mãos de cada um de nós. [É preciso] separarmo-nos até nos podermos abraçar outra vez]".
Ao longo destes seis meses, acredita a governante que nos "tornamos melhores a compreender o vírus. Utilizamos máscaras, álcool-gel, não nos abraçamos. A resposta médica aprendeu que medicamentos podem ser uma ajuda e que há formas de ventilação melhores do que outras. Foram seis meses de aprendizagem de um fenómeno totalmente novo".
Já quanto aos próximos seis meses "vão ser muito difíceis e exigentes para todos nós", pressagiou a ministra, esperando que, "em meados de 2021, tenhamos a vacina na qual os europeus estão a investir".
Apesar das adversidades, "temos de nos manter confiantes. Temos de resistir e, quando tivermos vontade de nos abraçar, temos de olhar para os olhos".
Marta Temido sublinhou ainda a coragem do povo português, "cumpridor e forte nos momentos mais difíceis. Não nos podemos deixar abater; somos bons a lutar".
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